Sempre que se fala em problemas fiscais no Brasil, uma “solução mágica” costuma aparecer: o Imposto sobre Grandes Fortunas. Mas será que ele realmente tem esse poder todo? É o que a colunista do Estadão Maria Carolina Gontijo, a Duquesa de Tax, discute em seu programa Não vou passar raiva sozinha desta segunda-feira, 24.
Ela lembra que a ideia de taxar grandes fortunas começou no início do século 20, em países como a Alemanha, tentando equilibrar as contas públicas em um momento de crise pós-guerra. Mas, na prática, a ideia já veio acompanhada de problemas. “Como é que se mede o que é uma grande fortuna? E como evitar que os milionários escapem pela porta dos fundos?”
Um exemplo é a França, que aplicou um imposto desse tipo e viu 60 mil milionários deixarem o país entre 2000 e 2017. “Resultado: eles aboliram esse imposto em 2018 e substituíram por um super-IPTU.”
Outro ponto é que administrar um imposto desses é muito caro. “Identificar o que é uma grande fortuna, rastrear ativos no exterior, evitar fraudes... No final, o governo gasta uma fortuna tentando taxar uma outra fortuna.” Além disso, lembra, um estudo da Tax Foundation já mostrou que o que se arrecada com esse imposto, no final, é muito menor do que se esperava.

Programa
O programa Não vou passar raiva sozinha é semanal. Os vídeos inéditos vão ao ar sempre às segundas-feiras, às 9h30, para assinantes do Estadão. Cortes do programa são distribuídos ao longo da semana nas redes sociais e na Rádio Eldorado. A atração também tem uma versão em podcast.
Além disso, a Duquesa de Tax também faz reacts (comentários sobre outros vídeos ou entrevistas) do noticiário econômico todas as quintas-feiras. E terá ainda um programa para responder dúvidas dos leitores sobre impostos, macroeconomia e reforma tributária.
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