RIO - O diretor da Associação de Empregados de Furnas (Asef) e acionista da Eletrobras, Felipe Ferreira de Araújo, entrou com questionamento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícias veiculadas na mídia de que a empresa e a União estariam conversando para aumentar o número de assentos do governo no conselho de administração da ex-estatal.
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“Como acionistas, exigimos explicações imediatas, uma vez que qualquer movimentação no conselho de administração da companhia deve ser discutida no fórum adequado, ou seja, na Assembleia de Acionistas”, disse o diretor da Asef no pedido à CVM, protocolado nesta terça-feira, 30.
O documento solicita “imperiosamente” que os esclarecimentos sejam feitos via comunicado ao mercado e o mais urgente possível.
De acordo com matérias divulgadas nesta segunda e terça-feira, 30, a União poderia aumentar o número de cadeiras no conselho da Eletrobras de um para três ou quatro, o que aumentaria o poder do governo na companhia, privatizada no ano passado.
Em troca, o governo deixaria de questionar cláusulas da privatização da companhia, como o poder de voto, que está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de o governo ter mantido 43% da participação acionária na Eletrobras, o peso do voto é limitado a 10%, como os demais acionistas.
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