A reunião do bilionário americano Elon Musk com o presidente Jair Bolsonaro, agendada para esta sexta-feira, 20, no interior paulista, envolve um projeto da Starlink, empresa de Musk, para operar satélites de órbita baixa no Brasil.
Fábio Faria (Comunicações) se encontrou com Elon Musk em dezembro do ano passado para tratar do projeto. Segundo o ministro, o governo federal quer utilizar satélites de órbita baixa para levar internet para áreas rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica.
A Internet da Starlink, de acordo com informações da empresa, funciona enviando informações através do vácuo do espaço, onde se desloca mais rapidamente do que em cabos de fibra óptica, o que a torna mais acessível a mais pessoas e locais.
O que é a Starlink?
A Starlink nasceu em 2015 como um braço da SpaceX, de turismo espacial. Atuando de forma quase independente hoje, o projeto promete colocar 42 mil de satélites em órbita baixa (entre 500 km e 2.000 km de altitude) para “vender” internet por uma assinatura mensal, semelhante ao que fazem as operadoras de telecomunicações, que instalam redes de infraestrutura com antenas em terra.
No projeto de Musk, esses satélites criarão uma rede capaz de cobrir todo o Planeta, incluindo regiões remotas e rurais - o que aumenta o potencial de inclusão e expansão de negócios. Essa é a importância de ter um grande volume de satélites: cada um dos equipamentos se liga em rede, garantindo que não existam áreas sem cobertura conforme o globo terrestre se movimenta.
Musk, no entanto, descarta cobrir o Ártico e a Antártida. Apesar do barulho do bilionário, internet por satélites de baixa órbita não chega a ser uma novidade, considerando que operadores tradicionais, como a Embratel, já oferecem algo similar.
Qual é a vantagem da conexão de internet por satélite?
O principal objetivo da internet por satélite é levar conexão a um custo menor do que mover pesadas infraestruturas de cabeamento (como fibra ótica) e antenas para locais distantes de centros urbanos.
Nesse sentido, “conectar” a Amazônia, como quer o governo brasileiro, pode ficar mais fácil, já que esse mercado também encontra poucos competidores — rivais como Viasat, HughesNet e Project Kuiper (da varejista Amazon) estão no ramo.
Qual é a velocidade de conexão da Starlink?
A Startlink promete o que chama de alta velocidade e baixa latência: entre 100 Mbps e 200 Mbps de rapidez na conectividade, com latência de 20 ms. Musk afirma que o serviço deve ficar melhor com o tempo, conforme mais satélites entram em órbita.
A Starlink já está em operação no Brasil?
Não. O serviço da companhia está atualmente disponível apenas para alguns países da América do Norte, Europa e Oceania. Em janeiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu aval ao pedido da Starlink para operar satélites de órbita baixa no Brasil.
Qual é o preço da assinatura da Starlink?
Nos países onde a Starlink está disponível, as assinaturas saem por US$ 99, além de ser necessário desembolsar outros US$ 499 para a instalação do modem em casa. Não é possível saber o quanto seria cobrado no Brasil.
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