DAVOS - O ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou durante almoço com investidores em Davos nesta terça-feira, 21, em evento paralelo ao Fórum Econômico Mundial, que o governo deve encaminhar uma reforma tributária mais simples ao Congresso. O relato foi feito a jornalistas pelo presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, após o encontro Do lado de fora, os profissionais da imprensa chegaram a ouvir aplausos durante o discurso e o executivo explicou que foi justamente nesse momento.
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“Ele falou que está convicto de que vamos conseguir passar a reforma administrativa e a reforma tributária, mas com uma preocupação muito importante: o ótimo é inimigo do bom”, descreveu. Segundo Lazari, é interessante a ideia de tentar fazer uma reforma tributária que pelo menos aglutine os principais impostos que existem no Brasil para tentar deixar essa estrutura mais leve para as empresas.
O executivo disse que é de conhecimento do mercado que não é possível diminuir o volume de arrecadação neste momento, porque o País passa por um problema fiscal que precisa ser resolvido. Pelos seus cálculos, haverá uma solução “nos próximos 5 ou 10 anos”. “Não dá para achar que vamos diminuir a arrecadação agora. É impossível”, considerou.
A ideia de que a reforma tributária signifique um regime menos burocrático e com menor quantidade de impostos, já é um ganho, para o executivo. “Isso faz com que a estrutura seja melhor não apenas para o empresário brasileiro poder gerir seus impostos, mas também para o governo evitar essa judicialização que estamos vendo, que custa tão caro para o País e faz parte do custo Brasil”, afirmou. “A simplificação fiscal pode ser um primeiro passo importante para fazer o que precisa ser feito e depois continua.”
Segundo Lazari, Guedes destacou a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso. “A gente achava, na época, que isso era inimaginável. Há 30 anos escuto falar sobre reforma da Previdência. Quer queira quer não, algumas classes podem não ter sido beneficiadas e outras até prejudicadas, mas no fim das contas isso vai ser bom para o País e para a economia, bastante importante”, disse o executivo.