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Em crise, prefeituras em SP dispensam funcionários

Com forte queda na arrecadação, Sorocaba, no interior de São Paulo, já mandou embora 134 servidores, enquanto Americana dispensou 1,5 mil

Foto do author José Maria Tomazela

SOROCABA - Prefeituras do interior de São Paulo estão dispensando funcionários não concursados para adequar a folha de pagamento à queda de arrecadação motivada pela crise econômica. Em alguns casos, os prefeitos alegam o cumprimento de decisão judicial. Como os concursados não podem ser demitidos sem justa causa, a saída é cortar horas extras e evitar novas contratações.

Em Sorocaba, o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) exonerou na quinta-feira 134 comissionados de diversas secretarias e extinguiu cinco cargos na área de comunicação para cumprir decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. O Serviço de Comunicação (Secom), ligado ao gabinete do prefeito, perdeu a maior parte do quadro e vai ficar com as funções limitadas. Conforme nota da prefeitura, a partir desta sexta-feira, 14, haverá queda na expedição de material informativo e as demandas da imprensa, bem como solicitação de entrevistas, passarão por avaliação de prioridade para eventual resposta.

As despesas do governo caíram 0,6% em 2016, mas cresceram 0,1% em relação ao trimestre anterior. Foto: Rafael Neddermeyeri/Fotos públicas

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A prefeitura de Americana vai dispensar 1,5 mil funcionários, entre comissionados, prestadores de serviços e alguns concursados. Um grupo de trabalho criado pelo prefeito Omar Najar (PMDB) estuda os cortes. A prefeitura de São José dos Campos iniciou a redução do quadro com a dispensa de parte dos 1,8 mil estagiários desde a terça-feira. Já a prefeitura de Vinhedo, região de Campinas, quer dispensar cerca de 150 comissionados. Entre eles estão 96 da área de Educação que tiveram os cargos contestados pela Procuradoria-Geral do Estado, em ação julgada procedente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Em Marília, a prefeitura abriu licitação para transferir à iniciativa privada a gestão do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem). Para evitar demissão dos 400 funcionários, o município estuda uma forma de absorver a mão de obra. A licitação foi contestada e depende de decisão judicial

As dispensas atingiram também a prefeitura de Limeira. Esta semana, o prefeito Paulo Hadich (PSB) exonerou 41 servidores comissionados que recebiam salários entre R$ 1,4 e R$ 8 mil. Para reduzir a folha de pagamento sem precisar recorrer ao corte de pessoal, a prefeitura de São Carlos baixou decreto proibindo as horas extras, salvo sob permissão expressa, “para atividades consideradas essenciais ou de risco à população”.