SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, espera ter uma definição sobre um eventual negócio com a Boeing ainda neste semestre. Em evento na sede da empresa, em São José dos Campos (SP), o executivo afirmou que, embora esse seja um acordo complexo, o mercado demanda uma resposta rápida e precisa ter claro se haverá ou não parceria. Desse modo, as negociações com a fabricante americana não deveriam se alongar por muito mais tempo, afirmou. “Mas não há uma data específica.”
Ainda de acordo com o executivo, a saída de Raul Julgmann da pasta da Defesa não afeta negativamente as negociações. “O grupo técnico e o governo estão bem focados em realmente achar uma solução, em analisar. Eu acho que não vamos perder em nada com a saída do ministro, que estava realmente liderando, mas não quer dizer que o novo entrante não possa liderar da mesma forma”. Silva ainda não conversou com o novo ministro, e disse não saber sua posição em relação à possível combinação com a Boeing.
O presidente da Embraer reafirmou que ainda não existe estrutura definida para esse eventual acordo, e salientou que não há motivo para preocupação com demissões e enxugamento de operações no Brasil. “O projeto é justamente o contrário, para tornar a Embraer maior”, destaca Silva, acrescentando que a parceria resultaria na “maior empresa aeroespacial do mundo”.
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Barreira. Segundo apurou o Broadcast/ Estadão, o principal desafio para a conclusão do negócio é encontrar alternativa que atenda às preocupações do governo sobre a área de defesa e que possa garantir o poder decisório da União em assuntos de segurança nacional.
As ações da companhia encerraram em baixa de 4,73%, a R$ 21,76. Os investidores repercutiram a informação veiculada na imprensa de que o novo ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, é um dos principais adversários da negociação da companhia com a Boeing. /COLABORARAM WAGNER GOMES E MÁRCIO RODRIGUES
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