EMS: saiba a história da farmacêutica que fez proposta de fusão com a Hypera

Caso o negócio seja aprovado, criará a maior farmacêutica da América Latina e uma das maiores do mundo; EMS é hoje a maior produtora de medicamentos genéricos do País

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A farmacêutica EMS apresentou uma proposta de combinação de negócios com a rival Hypera Pharma, fusão que, se efetivada, poderá criar a maior farmacêutica da América Latina e uma das maiores do mundo, que já nascerá com receita líquida anual de quase R$ 16 bilhões. O aval, porém, depende do conselho de administração da Hypera e das autoridades reguladoras.

A história da EMS começou com a criação de uma pequena fábrica na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 1964. Hoje, a empresa afirma contar com 6,7 mil trabalhadores e exportar os seus produtos para 55 países, sendo a maior produtora de medicamentos genéricos do Brasil. Estima-se que o Grupo NC, controlador da EMS, deve faturar em torno de R$ 12,1 bilhões neste ano. Saiba mais sobre a história da EMS a seguir.

Início e crescimento

PUBLICIDADE

A história da EMS começa em 1950, quando Emiliano Sanchez fundou a farmácia Santa Catarina em Santo André, no ABC paulista. Quatorze anos depois, em 9 de janeiro de 1964, ele cria uma pequena fábrica na cidade de São Bernardo do Campo, também na região. Nasce ali a EMS.

Emiliano começa a colocar em prática a receita de sucesso para crescimento de negócio, que envolve uma série de fusões perpetradas anos depois: em 1981, ele adquire o laboratório Dória, em Hortolândia, e se muda para o interior paulista.

Publicidade

Em 1988, o filho de Emiliano, Carlos, assume a empresa após a morte do pai. Em 1991, ele concretiza a aquisição do laboratório Legrand. Carlos é o “C” do Grupo NC, controlador da EMS. O “N” vem de outra filha de Emiliano, Nanci. O nome do grupo é uma homenagem do patriarca aos filhos.

Quatro anos após a morte de seu criador, nasce a divisão hospitalar da EMS, em 1992, efetivada em 1996. Um ano depois é criada a marca Novamed, que tem no Energil C um de seus carros-chefes. O negócio continua crescendo. Em 1999, é criado o maior complexo industrial da EMS, em Hortolândia.

EMS fez proposta de fusão com a Hypera; se efetivado, negócio criará maior farmacêutica da América Latina e uma das maiores do mundo.  Foto: EMS/Reprodução

Genéricos e mercado internacional

Apesar de já ser grande, a empresa conseguiu evoluir ainda mais quando entrou para o mercado de genéricos durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A criação da EMS Genéricos em 2000 foi um divisor de águas para a empresa, que vivenciou um salto de produção e de faturamento.

De olho no mercado internacional, em 2004 a empresa conseguiu ser certificada pelo Infarmed, a agência sanitária de Portugal. Um ano depois da autorização, a EMS já operava na Europa por meio de sua subsidiária, a Germed.

Publicidade

Dois anos depois, em 2006, a empresa conseguiu conquistar a liderança da produção de medicamentos no Brasil. No mesmo ano, firmou parceria com a italiana MontResearch, um dos mais renomados laboratórios de pesquisa do mundo.

Com foco em expandir ainda mais seus negócios fora do Brasil, a empresa conseguiu a sua patente nos EUA de um medicamento para doenças gástricas. Depois, vieram novas parcerias, sendo uma dela com a Bionovis, empresa de alta tecnologia do segmento de medicamentos biológicos.

Investimentos

A empresa continuou uma série de investimentos em ampliação de fábricas e novos negócios, incluindo, em 2014, a planta da Novamed em Manaus, a maior da América Latina em medicamentos sólidos. Em agosto deste ano, criou a RBBL – Rio Biopharmaceuticals Brasil Ltda., voltada à produção de moléculas de liraglutida e semaglutida, entre outras, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes, em um investimento de R$ 70 milhões.

Por meio do Grupo NC, criou também, em agosto deste ano, a plataforma com inteligência de dados Mercado Farma, para atender farmácias independentes e associativas, que ficam de fora de negociações das grandes redes. O desenvolvimento levou dois anos, consumiu R$ 30 milhões na fase inicial e serão investidos ainda mais R$ 30 milhões. A previsão é de R$ 1 bilhão de transações por meio da ferramenta até o fim do ano.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.