Chegar aos 150 anos moderno e relevante, olhando para o futuro, mas orgulhoso de seu passado e fiel às suas bandeiras não é pouco - nem para qualquer um. Com quatro páginas, a Província de São Paulo alcançou seu primeiro leitor em uma segunda-feira, 4 de janeiro de 1875, idealizada por 21 republicanos convencidos da necessidade de criação de uma voz na imprensa para ecoar seus ideais de emancipação política. Hoje, um século e meio depois, o Estadão se mantém como um porto seguro da informação confiável e de qualidade.
“O Estadão sempre foi uma força modernizadora da sociedade brasileira. Enquanto o Brasil era um Império, o Estadão nasceu defendendo a República. O Brasil era um país escravocrata, e o jornal defendia o abolicionismo”, diz o CEO do Estadão, Erick Bretas. “O jornal é um agente da modernização institucional, sempre defendendo a modernização do Brasil, das suas instituições, do jeito de fazer política. Em 150 anos, muito coerentes, nunca abriu mão dessas bandeiras”, emenda Bretas.
A hora, então, é de celebrar. As comemorações começam no dia 4 de janeiro, que marca também os 55 anos da Agência Estado e os 67 anos da Rádio Eldorado, e se estendem ao longo de 2025, com conteúdos especiais e eventos espalhados por São Paulo e focados na defesa da liberdade de expressão e da democracia, pilares impressos no DNA do Estadão.
A efeméride também motiva uma logomarca específica para o evento, criada especialmente pela Africa Creative, que passa a ser a nova agência de publicidade do jornal.
A agência cuidará também da campanha publicitária especial dos 150 anos do jornal. “O Estadão é, historicamente, um dos principais veículos de comunicação do País, e ser chamado para fazer parte dessa campanha é uma honra. Há também uma relação afetiva e de carinho com o jornal, o que só aumenta a nossa responsabilidade”, diz Marcio Santoro, CEO e sócio da Africa. “É como ser chamado para uma festa de alguém importante: você tem de se comportar bem e fazer bonito.”
Celebrar o passado olhando para o futuro
Para Francisco Mesquita Neto, presidente do Conselho de Administração do Estadão, esta é a hora de celebrar o passado, mas também de apontar para o futuro. “É um momento muito importante para comemorar. A empresa, durante esses 150 anos, conseguiu persistir na defesa do seu propósito e na sua independência financeira e jornalística. Ao mesmo tempo, é também um ótimo momento para olharmos os desafios e, principalmente, as oportunidades do futuro. A gente não vive do passado, a gente vive do futuro”, diz.
Por isso, ao longo do ano, sete eixos temáticos vão nortear nossa cobertura e convidar o leitor a discutir o futuro do País, numa realidade cada dia mais desafiadora e em constante mudança. De janeiro a dezembro, a série “Em Transformação” trará especiais multimídia, entrevistas, vídeos, editoriais e eventos temáticos, além de cadernos impressos, para detalhar os temas escolhidos, que são:
- República: um olhar sobre o sistema de governo que sustenta a sociedade brasileira, o futuro da política nacional e os caminhos das forças políticas.
- Economia: as perspectivas econômicas movem este eixo, numa investigação do que precisa ser feito para que o País avance mais.
- Terra: soluções para a emergência climática, tendo em perspectiva a COP 30 em Belém, estarão no centro deste especial.
- Tecnologia: um amplo mapa das grandes tendências digitais e das transformações causadas pelos avanços tecnológicos na vida da sociedade e na rotina das empresas (das gigantes às startups).
- São Paulo: o que precisa ser feito para que a capital paulista seja uma cidade melhor, e quais as mudanças urbanísticas necessárias para mais mobilidade e mais qualidade de vida.
- Viver: eixo que trata da busca por alternativas para uma vida melhor, não só nas saúdes física e mental, como também na ideia mais ampla de bem-estar.
- Estadão e Jornalismo: uma reflexão sobre a história do jornal nestes 150 anos, a evolução do jornalismo nesse período e o futuro da imprensa e do consumo de informação.
“Nós queremos estar em uma sociedade em que as pessoas tenham liberdade para se expressar, para empreender, para tomar decisões individuais, onde há respeito aos direitos individuais também, mas que isso aconteça em um contexto de democracia, que sempre foi a bandeira do Estadão: a defesa das instituições democráticas”, diz Bretas.
Para a consultoria dos eventos temáticos foi chamado Luiz Lara, um dos publicitários mais conhecidos do País, e a agência na qual é sócio, a To Be Good: “Junto com a equipe editorial do Estadão, estamos desenvolvendo uma série de conteúdos, ações e eventos para celebrar os 150 anos ao longo de 2025 junto com a sociedade civil e em parceria com a iniciativa privada, dos patrocinadores que querem associar suas marcas com o prestígio de uma marca icônica, como é o Estadão”, diz Lara. “O jornal é um verdadeiro patrimônio afetivo de seus leitores e da sociedade como um todo.”
Momentos marcantes
Em janeiro, o Estadão lança em seu site um “hub de informação” totalmente voltado para as celebrações dos 150 anos. Os momentos marcantes do nosso jornalismo estarão destacados lá: de Euclides da Cunha (1866-1909) em Canudos aos versos de Camões contra a censura dos militares na ditadura, passando pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o leitor poderá navegar por nossas coberturas mais importantes e também conferir as reportagens originais.
Os princípios que norteiam o Estadão há 150 anos e editoriais históricos publicados ao longo do tempo também estarão reunidos no “hub de informação”. Especial multimídia com texto de Eugênio Bucci, jornalista e professor da ECA-USP, discutirá o papel do jornalismo hoje e no futuro - spoiler: um mundo sem jornalismo será um mundo sem democracia, escreve Bucci.
Mapa interativo
São muitos os momentos em que a história do jornal se confunde com a de São Paulo. Além da criação da Universidade de São Paulo (USP), por iniciativa, entre outros, de Julio de Mesquita Filho (1892-1969), diversos pontos da cidade têm relação próxima com o Estadão - que já patrocinou de corrida de rua (precursora da São Silvestre) ao mais importante prêmio das artes nos anos 1950 e 1960, o Saci. Um mapa interativo vai contar essas curiosidades.
Séries nas redes sociais e um caderno especial na edição impressa completam as celebrações em janeiro.
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