‘Este é o Plano Safra sustentável 1.0′, diz Marina Silva

Ministra do Meio Ambiente afirmou nesta terça-feira, 27, que próximos planos do governo também terão apelo sustentável

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta terça-feira, 27, que o Plano Safra 2023/24 será o “plano sustentável 1.0″ e que os próximos também terão esse apelo. Marina participa da cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/24, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). “Este é o plano safra sustentável 1.0; teremos versão 1.1, 1.2, 1.3″, afirmou.

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Mais cedo, o governo anunciou que o Programa ABC, que faz parte do Plano Safra e concede crédito para práticas sustentáveis, passará a se chamar RenovAgro (Programa para Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis) na safra 2023/24 e ampliará o apoio à recuperação de pastagens degradadas e conversão para a produção agrícola. O RenovAgro terá a menor taxa de juros aplicada à agricultura empresarial, 7% ao ano.

O RenovAgro também dará suporte à implantação e a ampliação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas (ILPF), adoção de práticas conservacionistas e o manejo e proteção dos recursos naturais. O programa também financiará investimentos de produtores em ações relacionadas à adaptação às mudanças climáticas ou à baixa emissão de carbono na agropecuária.

O presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva Foto: Wilton Junior/ Estadão

Marina enfatizou que a demanda por mais sustentabilidade na agricultura é uma tendência global. “O mundo caminha na direção da sustentabilidade, China, Canadá, União Europeia. Precisamos fortalecer a imagem da agricultura brasileira cada vez mais sustentável”, disse.

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No Plano Safra 2023/24, o governo envolverá outros programas de investimentos para estimular práticas sustentáveis. O Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro) passará a financiar correção de solo, com utilização de calcário mineralizadores e fosfatagem. Nas operações de custeio, a prática de manejo florestal poderá ser financiada com até dois anos de prazo para pagamento. Outros programas, como o Inovagro, o Proirriga, o Moderfrota e o Moderagro, também terão em sua concepção o “incentivo à produção agropecuária de baixa emissão de carbono”, conforme o Planalto.

A ministra do Meio Ambiente também comentou que o governo pretende transformar todo o Plano Safra em um plano de transição para a agricultura de baixo carbono e buscar o desmatamento zero. “Sobre as áreas que podem ser desmatadas legalmente, haverá um trabalho de convencimento (junto aos produtores). Também estamos conversando com a União Europeia”, disse.

Participam da cerimônia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Marina Silva (Meio Ambiente) e Rui Costa (Casa Civil).

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