EUA avisam Canadá que tarifas de Trump entrarão em vigor a partir de terça-feira

Governo canadense foi notificado de que produtos exportados serão taxados em 25%, com exceção do petróleo, que será atingido por tarifa de 10%; Trudeau deve responder à medida neste sábado

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Por Alan Rapperport (The New York Times) e Matina Stevis-Gridneff (The New York Times)
Atualização:

O governo dos Estados Unidos informou neste sábado, 1°, ao Canadá, que as tarifas determinadas pelo presidente Donald Trump sobre os produtos canadenses entrarão em vigor a partir de terça-feira, 4, de acordo com duas autoridades canadenses.

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Neste sábado, Trump assinou três ordens executivas que impõem tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México, com uma tarifa um pouco menor de 10% sobre as exportações de petróleo canadenses. Ele também impôs uma taxa de 10% sobre os produtos chineses.

O governo canadense foi notificado sobre a decisão. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, planeja responder à notificação na noite deste sábado, de acordo com dois altos funcionários do governo canadense com conhecimento direto da notificação ouvidos pelo The New York Times. Eles falaram sob condição de anonimato, dada a sensibilidade das negociações internacionais.

Empresas e autoridades do Canadá, México e China estavam se preparando para receber mais detalhes neste sábado sobre as tarifas prometidas, após dias de tentativas de persuadir o presidente Trump a não avançar com elas.

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Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau planeja responder à notificação do governo dos EUA na noite deste sábado Foto: Sergei Gapon/AFP

Autoridades da Casa Branca já haviam dito na sexta-feira, 31, que Trump determinaria uma tarifa de 25% sobre os produtos do México e do Canadá, juntamente com uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses, a partir deste sábado.

Em entrevista a repórteres no Salão Oval, na sexta-feira, Trump disse que imporia as tarifas como punição pelo fato de o Canadá, o México e a China permitirem a entrada de drogas e imigrantes nos Estados Unidos. Ele insistiu que as tarifas não alimentariam a inflação e sugeriu que as levaria adiante independentemente de quaisquer concessões de última hora das outras nações.

Os especialistas acreditam que as tarifas poderão ter impactos amplos nas economias dos EUA, Canadá e México, elevando os preços para os consumidores e afetando os empregos, embora haja pouca dúvida de que a dor será mais sentida nas economias menores do Canadá e do México.

Nas últimas semanas, as autoridades mexicanas e canadenses realizaram grandes esforços para evitar as tarifas: o Canadá reforçou sua fronteira com mais funcionários, drones e helicópteros Blackhawk, e as autoridades canadenses têm percorrido os Estados Unidos, tentando fazer lobby com os principais republicanos contra as tarifas. O México tem ajudado em aspectos da repressão à imigração de Trump, acolhendo milhares de migrantes deportados.

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Mas as autoridades de ambos os países também estão trabalhando em planos de retaliação, preparando-se para o que pode rapidamente se tornar uma guerra comercial na América do Norte.

Os mercados de ações dos EUA fecharam em baixa na sexta-feira em meio à ansiedade dos investidores sobre as consequências das tarifas.

Os grupos de lobby de setores como varejo e agricultura, que poderiam estar entre os mais atingidos pela retaliação dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, estavam em busca de informações sobre os impostos, mas permaneceram no escuro.

Neste sábado, os democratas estavam prontos para apontar as tarifas como um dos primeiros exemplos da má administração da economia por parte de Trump, argumentando que ele já estava tomando medidas que aumentariam os preços para os consumidores. Uma nova análise do Budget Lab de Yale estimou que as tarifas propostas podem aumentar os custos anuais das famílias em cerca de US$ 1.300 (cerca de R$ 7.578).

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Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.