EUA anunciam aumento de tarifas a produtos chineses, que vão de veículos elétricos a chips

De acordo com a secretária do Tesouro, novas tarifas são uma resposta às ‘práticas comerciais injustas’ adotadas pela China

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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 14, uma série de tarifas sobre produtos fabricados na China, incluindo aço e veículos elétricos, no último lance das crescentes tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

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A Casa Branca disse que irá impor novas tarifas sobre US$ 18 bilhões em importações chinesas, em uma medida que, segundo comunicado, protegerá as empresas e trabalhadores americanos.

A tarifa sobre determinados produtos de aço e alumínio aumentará para 25%, da atual faixa de zero a 7,5%. Tarifas sobre semicondutores dobrarão para 50% até 2025, enquanto as tarifas sobre placas solares também dobrarão para 50%, mas já este ano.

Tarifas sobre veículos elétricos chineses irão quadruplicar para 100% ainda em 2024, enquanto as de baterias de íon-lítio serão elevadas de 7,5% para 25%. Produtos médicos, como seringas e agulhas, além de guindastes de transporte marítimo, também estão sujeitos a novas tarifas ou aumentos.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, durante visita à China Foto: Mark Schiefelbein/Pool via Reuters

Ao anunciar as tarifas, a Casa Branca apontou que a China apoia suas próprias empresas, em uma prática que gera excesso de capacidade e preços artificialmente baratos em muitas indústrias.

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De acordo com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, essas novas tarifas são em resposta a “práticas comerciais injustas” adotadas pela China. “Desde que assumimos, o presidente (dos EUA, Joe) Biden e eu temos deixado claro que tomaremos as medidas necessárias para garantir os interesses das empresas e trabalhadores americanos”, afirmou Yellen, em comunicado.

Ainda no comunicado, Yellen lembra que mencionou preocupações da Casa Branca com o excesso de capacidade industrial da China em encontros com as principais autoridades do país asiático, durante visita a Pequim no mês passado.

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