Dois irmãos formados no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foram presos e indiciados pelo roubo de US$ 25 milhões (cerca de R$ 128 milhões) em criptomoedas em apenas 12 segundos. Eles responderão a processo judicial por conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Informações do Departamento de Justiça dos EUA indicam que Anton Peraire-Bueno, 24, de Boston, e James Pepaire-Bueno, 28, de Nova York, foram presos na terça-feira, 14. O alvo deles era a criptomoedas.
“Conforme alegado na acusação, os irmãos Peraire-Bueno roubaram US$ 25 milhões em criptomoeda Ethereum por meio de um esquema tecnologicamente sofisticado e de ponta que planejaram durante meses e executaram em segundos”, disse a vice-procuradora-geral Lisa Monaco, em nota emitida pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Segundo a nota, o esquema de fraude eletrônica é inédito e a investigação dos promotores de Justiça contou apoio da Internal Revenue Service (IRS), o Serviço da Receita Federal dos Estados Unidos.
A denúncia indica que os irmãos, que se formaram em ciências da computação e matemática no MIT, usaram suas habilidades especializadaspara adulterar e manipular os protocolos nos quais milhões de usuários do Ethereum em todo o mundo acessam.
O que eles fizeram foi manipular e adulterar o processo e os protocolos pelos quais as transações são validadas e adicionadas ao blockchain Ethereum. Com isso, conseguiram acessar as transações privadas pendentes e usaram esse acesso para alterar certas transações e obter a criptomoeda das suas vítimas.
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Eles ficaram planejando o crime durante meses, segundo o governo norte-americano. Entre outras coisas, aprenderam os comportamentos comerciais das vítimas., tomaram várias medidas para ocultar as suas identidades e estabeleceram as bases para ocultar os rendimentos roubados. Para isso, criaram empresas de fachada e usaram vários endereços privados de criptomoedas e bolsas de criptomoedas estrangeiras. Após a exploração, os réus transferiram a criptomoeda roubada por meio de uma série de transações destinadas a ocultar a origem e a propriedade dos fundos roubados.
O agente Thomas Fattorusso, integrante do escritório de Nova Yorque da IRS, afirmou que os agentes “seguiram o dinheiro”. “Independentemente da complexidade do caso, continuamos a liderar os esforços em investigações criminais financeiras com tecnologia de ponta e trabalho investigativo de boa qualidade, dentro e fora da blockchain”, disse Fattorusso. Se condenados, Anton Peraire-Bueno e James Pepaire-Bueno poderão pegar até 20 anos de cadeia.
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