EUA fecham acordo preliminar com o Brasil sobre sobretaxa de aço

Além do Brasil, acordo atinge Argentina e Austrália, informou a Casa Branca; Trump impôs em março tarifas de importação de 25% para aço e de 10% sobre alumínio

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Por Redação
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WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou para até 1º de junho a imposição de tarifas de importação de aço e alumínio produzidos no Canadá, União Europeia e México e alcançou acordos em princípio com Argentina, Austrália e Brasil, informou a Casa Branca.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 30, poucas horas antes do fim do prazo de concessão de isenções temporárias, que expirava na terça-feira, 1º de maio. 

Além do Brasil, acordo atinge Argentina e Austrália, informou a Casa Branca; Trump impôs em março tarifas de importação de 25% para aço e de 10% sobre alumínio Foto: Renato Cobucci/Jornal Hoje em Dia/AE

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"O governo alcançou acordos em princípio com Argentina, Austrália e Brasil e os detalhes serão finalizados nos próximos 30 dias. O governo também está prorrogando negociações com Canadá, México e União Europeia por 30 dias", disse mais cedo uma fonte com conhecimento do assunto.

Trump impôs em março tarifas de importação de 25% para aço e de 10% sobre alumínio, mas tinha dado isenções temporárias para Canadá, México, Brasil, UE, Austrália e Argentina. Uma isenção permanente para a Coreia do Sul já tinha sido decidida.

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Autoridades do governo norte-americano afirmaram que os países exportadores de aço e alumínio vão ter que concordar com cotas para proteger de maneira similar os produtores dos EUA. A isenção permanente dada à Coreia do Sul ocorreu em troca do país aceitar reduzir suas exportações aos EUA em cerca de 30%.

Mais cedo, uma fonte do governo brasileiro com conhecimento das discussões tinha afirmado à Reuters que a "expectativa é de atendimento em parte (do pedido do Brasil de isenção), mas não dá para cravar porque estamos aguardando a divulgação dos Estados Unidos".

O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA. Na terça-feira passada, o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que uma comitiva brasileira se reuniria com representantes do departamento de Comércio dos EUA nesta semana para tentar prorrogar a isenção temporária de produtos brasileiros das tarifas norte-americanas. Na ocasião a entidade comentou que os EUA já tinham definido que pediriam cotas de exportação ao Brasil. 

O Brasil exportou para os EUA cerca de 5 milhões de toneladas de aço em 2017, 80% deste volume foi material semiacabado, usado como insumo para ser laminado pela própria indústria siderúrgica norte-americana.

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O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou nesta segunda-feira que qualquer decisão dos EUA de impor tarifas sobre aço e alumínio canadense seria “uma ideia muito ruim” e que isso iria interromper o comércio entre os dois países. O Canadá é o maior exportador de aço para os EUA, com uma indústria siderúrgica altamente integrada com a do país vizinho.

Trump invocou uma lei de 1962 para alegar que as tarifas sobre aço e alumínio são questão de segurança nacional, apesar do excesso de oferta mundial.

Se a UE for alvo de tarifas dos EUA sobre suas exportações anuais de 6,4 bilhões de euros em metais, o bloco afirma que vai criar suas próprias tarifas sobre exportações de 2,8 bilhões de euros em produtos dos EUA que vão desde maquiagem a motocicletas.

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