Um ponto negativo para as empresas endividadas em dólar é que a maioria não tem hedge para se proteger das flutuações do câmbio. Como as operações são caras, o ganho com as captações no exterior é praticamente anulado pelo hedge. "Com o dólar em queda livre nos últimos anos, elas acham que não precisam fazer a proteção e preferem correr o risco", afirma César Lauro, diretor da Capitânia. Ele destaca que até as companhias que, no passado, tinham tradição de buscar proteção contra flutuações estão deixando a operação de lado. Em compensação, avalia Lauro, parecem ter aprendido que especular com derivativos cambiais, como ocorreu em 2008, pode ser muito perigoso.
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