BRASÍLIA - O Ministério da Fazenda aumentou novamente o otimismo para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta quarta-feira, 19, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2023 passou de 1,9% para 2,5%. A projeção anterior havia sido feita em maio. O crescimento esperado para 2024 se manteve em 2,3%.
De acordo com o Boletim Macrofiscal atualizado, a revisão no crescimento para este ano se deve, em parte, ao resultado do PIB no primeiro trimestre, que cresceu 1,9%. Segundo a SPE, o dado foi melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de Serviços e Indústria.
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A projeção maior para 2023 ainda foi influenciada pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação, apontou a Fazenda.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central projetaram uma alta de 2,24% para o PIB de 2023.
“As projeções de crescimento melhoraram para todos os setores. Para o setor agropecuário, a projeção de crescimento no ano foi revisada de 11,0% para 13,2%. Para a Indústria, o crescimento esperado avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para Serviços passou de 1,3% para 1,7%”, apontou o Boletim Macrofiscal.
Na última divulgação, de maio, a Fazenda havia projetado um crescimento de 1,2% para o PIB do primeiro trimestre. O resultado foi maior, de 1,9%.
Para o segundo trimestre, contudo, a SPE prevê uma desaceleração da atividade. O modelo de “nowcasting” indica crescimento de 0,3% na margem, ante 1,9% verificado no primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, projeta-se alta de 2,7%. “No trimestre, a expectativa é de retração no setor agropecuário, desaceleração em Serviços e leve melhora na Indústria”, apontou a SPE.
Para os anos seguintes, as projeções para o crescimento da economia foram mantidas. Para 2024, a estimativa é de que o PIB tenha alta de 2,3%. “Frente a 2023, o cenário é de leve desaceleração, motivada pela baixa contribuição esperada para o setor externo e pelo menor crescimento projetado para o setor agropecuário. Apesar da desaceleração, o crescimento será mais homogêneo entre setores e baseado na recuperação da absorção doméstica”, disse a pasta.
Para 2025, o patamar de crescimento esperado é de 2,8%. Para 2026, a estimativa é 2,5%. E para 2027, a projeção é de alta de 2,6%.
Para 2024, a estimativa no Focus é de alta de 1,30% do PIB. As projeções de mercado para os anos de 2025 e 2026 estão em 1,88% e 1,90%, respectivamente.
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