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Fazenda levará ao TCU planejamento de fim de ano para cumprimento da meta fiscal, diz Haddad

Conversa acontece após área técnica do tribunal emitir alertas ao governo sobre os riscos em relação às projeções para o resultado primário, devido à possibilidade de frustrações de receitas e aumento das despesas obrigatórias

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 11, que a ida da equipe econômica ao Tribunal de Contas da União (TCU) servirá para a pasta apresentar à Corte o planejamento do final de ano em relação às metas fiscais e as “providências” que estão sendo tomadas para o cumprimento do objetivo fiscal, que neste ano mira zerar o déficit.

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O ministro justificou o encontro porque, segundo ele, “às vezes falta uma comunicação mais direta” do governo com técnicos do TCU, que, disse, não são “obrigados a adivinhar o que está sendo feito” pela equipe econômica.

“Nós é que temos que prestar as devidas informações para dar conforto de que o Brasil está no caminho de buscar equilíbrio de contas depois de dez anos de déficits reiterados que não trouxeram prosperidade para a economia brasileira”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre o encontro programado para esta quarta, às 17h.

TCU concluiu que as projeções do governo para o resultado primário em 2025 apresentam 'duplo risco' Foto: Dida Sampaio/Estadão

A conversa acontece após a área técnica do TCU emitir vários alertas ao governo sobre os riscos em torno do cumprimento das metas fiscais.

O presidente do TCU, Bruno Dantas, receberá secretários do Ministério da Fazenda para tratar do tema. Irão ao órgão o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. O ministro do TCU relator das contas do governo em 2024, Jhonatan de Jesus, e a equipe técnica do tribunal também participarão do encontro.

O TCU concluiu que as projeções do governo para o resultado primário em 2025 apresentam “duplo risco”, devido à possibilidade de frustrações de receitas e aumento das despesas obrigatórias. O órgão chama atenção ainda para a limitação nas regras de contingenciamento de gastos.

Além disso, o TCU avalia que, se o governo cumprir apenas o limite inferior da meta fiscal entre 2024 e 2028, a dívida bruta projetada em 2034 seria 1,3 ponto porcentual mais alta do que o estimado no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025. Neste caso, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) se estabilizaria e começaria a reduzir apenas em 2028, um ano após o previsto pela equipe econômica./Com Eduardo Rodrigues

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