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Febraban: corte da Selic aponta mercado de crédito com menor pressão e estimula economia

Decisão do Copom também foi comemorada pela Confederação Nacional da Indústria, que disse esperar novos cortes nas próximas reuniões do órgão

Foto do author Matheus Piovesana
Foto do author Sandra Manfrini
Atualização:

SÃO PAULO E BRASÍLIA - O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que a redução da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 12,75% ao ano, decidida nesta quarta-feira, 20, pelo Copom, traz sinais positivos para a economia do País, para as famílias e para as empresas. Segundo ele, o corte indica um mercado de crédito menos pressionado à frente.

“A segunda queda consecutiva da Selic, agora em decisão unânime do Copom, representa um estímulo importante para as famílias, empresas e agentes econômicos, ao apontar para um mercado de crédito com menor pressão das condições financeiras e da inadimplência”, disse Sidney em nota.

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O presidente da Febraban afirmou ainda que o ciclo de restrição monetária que começa a ser revertido levou a um “gradual e consistente” processo de desinflação na economia brasileira.

Logo após o Copom divulgar a decisão de corte da Selic, Caixa e Banco do Brasil anunciaram a redução dos juros de uma série de linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas. O Bradesco informou que avalia o cenário. Outros bancos privados ainda não informaram se farão movimento similar.

CNI

A decisão do Copom foi considerada “acertada” também pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A expectativa da indústria, segundo a entidade, é que sejam realizados novos cortes nas próximas reuniões, “à medida que o cenário de controle da inflação continue”.

Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu cortar os juros em 0,5 ponto percentual Foto: Dida Sampaio / Estadão

Para o presidente da CNI, Robson de Andrade, a decisão do BC evita prejuízos adicionais para o mercado de crédito e para a atividade econômica. “É preciso reverter o quadro negativo de concessão de crédito às empresas. Nos primeiros sete meses do ano, o crédito recuou 5%, na comparação com o mesmo período do ano passado”, afirma Andrade.

“A redução da Selic é necessária, não compromete o processo de combate à inflação e evita mais restrições à atividade industrial”, completa o presidente da CNI.

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A entidade destaca que os dados do PIB nos dois primeiros trimestres de 2023 indicam desaceleração da economia. “A produção industrial de bens de capital caiu 16,9% em julho de 2023 na comparação com julho de 2022 e, na mesma base de comparação, a produção de bens de consumo caiu 0,7%, o que coloca em dúvida a manutenção do ritmo de crescimento da atividade econômica nos próximos meses.”