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EUA: Fed mantém juros entre 5,25% e 5,5% ao ano pela oitava vez, mas indica que corte está próximo

Manutenção dos juros pelo Banco Central americano no maior patamar em décadas já era esperada pelo mercado

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Por Redação
Atualização:

O Federal Reserve (Fed), Banco Central americano, manteve a taxa dos Fed Funds na faixa entre 5,25% a 5,50% ao ano, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 31. A decisão unânime do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está em linha com as expectativas do mercado.

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Segundo o órgão, houve maior progresso na redução da inflação para sua meta de 2%, um sinal de que o Banco Central está se aproximando do corte dos juros pela primeira vez em quatro anos. No comunicado, o Fed também disse que “os ganhos de emprego foram moderados” e reconheceu que a taxa de desemprego aumentou.

O Congresso exige que o Fed busque preços estáveis e o máximo de emprego, e a declaração diz que o Banco Central está “atento aos riscos” para ambas as metas, uma mudança após vários anos de foco exclusivo no combate à inflação.

A manutenção dos juros no maior valor em 23 anos ocorre mesmo sob pressão por taxas mais baixas para impulsionar a economia e evitar cortes de empregos. Os republicanos, incluindo o ex-presidente Donald Trump, argumentaram que um corte na taxa antes da eleição teria motivos políticos.

Fed manteve taxa de juros inalterada nesta quarta-feira pela oitava vez Foto: Patrick Semansky/AP

O Fed tenta atualmente atingir um equilíbrio delicado: quer manter as taxas altas por tempo suficiente para conter a inflação, que caiu para 2,5% em relação ao pico de 7,1% registrado há dois anos, de acordo com sua medida preferida. Mas também quer evitar manter os custos dos empréstimos tão altos que desencadeiem uma recessão.

Até o momento, o governo está no caminho certo para o chamado “pouso suave”, no qual a inflação cai para 2% sem uma recessão. No entanto, com a taxa de desemprego subindo por três meses consecutivos, alguns economistas levantaram a preocupação de que o Fed deveria ter cortado as taxas nesta quarta-feira ou que deveria cortá-las mais rapidamente ainda este ano./Com AP

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