O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) manteve inalterada a taxa dos Fed Funds (o juro) na faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 19. É a segunda manutenção da pausa desde um corte total de 1 ponto porcentual no ano passado.
Entre os 19 dirigentes do Fed presentes na reunião desta quarta-feira, nove acreditam que os juros terminarão 2025 entre 3,75% e 4%, portanto 0,50 ponto porcentual abaixo do nível atual. Outros quatro dirigentes acreditam que a taxa terminará 2025 entre 4,25% e 4,5%, enquanto outros quatro defendem que os juros devem encerrar o ano entre 4% e 4,25%. Dois dirigentes projetam que as taxas estarão entre 3,5% e 3,75% no fim deste ano.
A poucas horas da decisão, a ferramenta de monitoramento do CME Group mostrava chances de 99% para uma manutenção dos juros e apenas de 1% para um corte de 0,25 ponto porcentual. As incertezas diante um possível fraco crescimento econômico do país por conta dos impactos da política tarifária de Donald Trump eram consideradas.
Analistas consultados pelo Estadão/Broadcast esperavam amplamente uma nova manutenção dos juros pelo BC americano na segunda reunião de política monetária de 2025.
Para economistas, o BC dos EUA deveria preferir a cautela diante do ambiente de incertezas com as medidas da gestão Trump — em especial a adesão de novas tarifas comerciais a partir de 2 de abril e a deportação de imigrantes indocumentados.
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A mediana das projeções dos dirigentes do Fed para a taxa básica de juros ficou estável em 2025, 2026 e 2027, de acordo com documento publicado em paralelo com a decisão monetária do banco central americano.
A mediana das estimativa para a taxa dos Fed Funds este ano era de 3,9%, mesmo número divulgado na edição anterior do documento, de dezembro do ano passado. Para 2026, a mediana permaneceu em 3,4%, em 2027 ficou em 3,1% e no longo prazo em 3%. /Com Francine De Lorenzo, Isabella Pugliese Vellani, Patricia Lara, Pedro Lima, Thais Porsch e Pedro Teixeira, Especial para o Estadão/Broadcast
