O HSBC foi processado nesta segunda-feira, 22, pelo First Citizens, banco que comprou o Silicon Valley Bank (SVB) em março, após sua quebra. O First Citizens acusa o HSBC de ter “roubado” 42 funcionários em um esquema para acessar ilegalmente informações confidenciais do SVB, e pede uma compensação “superior a US$ 1 bilhão” pelos danos. O HSBC adquiriu, também em março, a unidade do SVB no Reino Unido.
A acusação recai ainda sobre sete ex-funcionário do SVB — incluindo o executivo David Sabow que, segundo a ação, seria o mentor do “esquema”. “Juntos, HSBC e Sabow imediatamente arquitetaram um esquema para saquear o que Sabow considerava o ‘núcleo do mecanismo de lucratividade (do SVB)’”, diz um trecho do processo.
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Os dados acessados ilegalmente, ainda segundo a ação, abrangem informações sobre funcionários que Sabow considerava como líderes-chave. O plano exigia que o HSBC agisse rápido para contratar seis executivos dos EUA, além de 35 profissionais adicionais que também eram funcionários do SVB, diz a acusação.
“A liderança do HSBC concordou em ajudar a orquestrar e financiar o esquema contratando os 42 funcionários que Sabow planejou, porque Sabow disse ao HSBC que poderia lucrar mais de US$ 1 bilhão com esse plano dentro dos próximos cinco anos”, afirma o First Citizens.
O banco diz que continua saudável e estável, mas que, como qualquer resgatador de uma instituição quebrada, tem direito de proteger seus direitos de propriedade.
“Os réus interferiram injustamente com esses direitos, e o First Citizens tem direito à compensação deles. As reivindicações do First Citizens contra os réus referem-se ao roubo e interferência com os direitos de propriedade que os First Citizens adquiriram, a interrupção resultante das operações comerciais dos First Citizens e a perda de lucros futuros”, afirma.
Procurado pela Reuters e pela Bloomberg, o porta-voz do HSBC, Matt Ward, não quis comentar o caso.
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