Fraga: juro tende a cair

A avaliação do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, é que a tendência dos juros é de queda. Mas ele não marca prazos para concretizar suas expectativas. E, apesar de querer desvincular as decisões do governo da oscilação dos mercados internacionais, admite que o problema pode impedir a redução dos juros.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do BC admite que neste momento os juros não estão recuando, por conta, principalmente, das turbulências provocadas pela expectativa de alta dos juros norte-americano. A entrevista de Armínio Fraga foi dada no programa Bom Dia Brasil, da TV Globo. Ele lembrou também que os juros teriam subido mais nos últimos dias se o país tivesse necessidade de atrair o capital de curto prazo para cumprir seus compromissos externos. Para ele, a tendência dos juros é de queda. Em outra entrevista, para o Espaço Aberto, da Globo News, o presidente do BC disse que as oscilações dos mercados internacionais não serão parâmetros para os próximos passos da equipe econômica. Ele admite, no entanto, que estes problemas internacionais devem ser respeitados. E que se a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) fosse hoje, diante da perspectiva de o Banco Central norte-americano aumentar a taxa de juro dos Estados Unidos, certamente a decisão seria de não reduzir os juros brasileiros. O presidente do BC disse que a reação dos mercados de juros e câmbio ontem, no Brasil, foram positivas, considerando que não houve maiores explosões das taxas nestes segmentos. Apesar do otimismo, Fraga não garantiu que a taxa de juros do Brasil cairá na próxima reunião do Copom, nos dias 23 e 24 de maio. Segundo Fraga, o juro real brasileiro - descontada a inflação - está em torno de 8%, o dobro do juro real norte-americano, estimado em 4%.

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