Funcionários das três fábricas da General Motors em São Paulo voltaram ao trabalho nesta quarta-feira, 8, após 17 dias de greve. No sábado, 4, a empresa suspendeu as 1.244 demissões anunciadas semanas antes nas unidades de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes e colocou todos eles em licença remunerada. Agora, negocia com os sindicatos uma alternativa para os cortes.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os dias de paralisação não serão descontados dos salários dos funcionários. Na assembleia realizada na manhã de hoje, que aprovou o retorno ao trabalho, foi criada uma comissão de sete trabalhadores para acompanhar as reuniões que vão ocorrer com a empresa ao longo do mês.
A GM confirmou que as três fábricas voltar a operar as linhas de produção. Informou também que segue “em negociações com os sindicatos para que possamos chegar a um rápido acordo, que seja justo e que nos permita seguir produzindo e investindo no País”.
O cancelamento das demissões foi determinado, por meio de liminar, pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT da 2ª e 15ª) e pelo Tribunal Superior do Trabalho. É possível que a GM volte a oferecer um programa de demissão voluntária (PDV) diferenciado aos funcionários que considera excedentes. As três fábricas empregam um total de 12 mil trabalhadores.
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“A conquista do pagamento dos dias parados e do cancelamento das demissões foi fruto de uma grande luta, que uniu os trabalhadores das três fábricas e mostrou nossa força”, disse, em nota, o vice-presidente do sindicato, Valmir Mariano. “Em qualquer movimento da empresa no sentido de colocar em risco empregos e direitos, a greve será retomada.”
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