Funcionários da Starbucks nos EUA marcam greve por disputas sobre decoração no mês do orgulho LGBT+

Starbucks acusa sindicato local de usar questão como tática para negociações trabalhistas

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Por Redação
Atualização:

Os trabalhadores de 150 lojas da Starbucks entrarão em greve na próxima semana, após o sindicato local da categoria afirmar que a empresa restringiu as decorações comemorativas do mês do orgulho LGBT+ em algumas lojas. A Starbucks nega ter proibido tais exibições e acusa o sindicato de usar a questão como tática nas negociações trabalhistas.

O Starbucks Workers United, como se chama o sindicato, afirmou em um tweet na sexta-feira, 23, que 3,5 mil trabalhadores entrarão em greve ao longo da próxima semana, começando pela loja principal em Seattle.

Os trabalhadores de 150 lojas da Starbucks entrarão em greve na próxima semana Foto: John Minchillo/AP Photo

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O sindicato tem tentado ampliar presença na Starbucks e há elo menos 358 lojas da Starbucks fizeram petições para a National Labor Relations Board (Junta Nacional de Relações Trabalhistas) para realização de eleições sindicais.

Uma loja da Starbucks em Buffalo, Nova York, se tornou a primeira a se sindicalizar no início do ano passado. No entanto, esses esforços diminuíram nos últimos meses com a resistência de alguns trabalhadores em relação às iniciativas de organização.

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Na sexta-feira, o Starbucks afirmou que o Workers United está espalhando mentiras sobre seu apoio às causas LGBTQ+ como parte das negociações contratuais em andamento. “O Workers United continua a espalhar informações falsas sobre nossos benefícios, políticas e esforços de negociação - uma tática usada para aparentemente dividir nossos parceiros e desviar de sua falha em responder às sessões de negociação para mais de 200 lojas”, disse o Starbucks, por escrito, em um comunicado.

A Starbucks, com sede em Seattle, afirmou na semana passada que não houve nenhuma alteração em qualquer política sobre o assunto e que seu apoio às causas LGBTQ+ é “inabalável”.

O Workers United afirma que gerentes de lojas em todo o país limitaram ou removeram decorações durante o mês de celebração das pessoas LGBT+. Em alguns casos, segundo o sindicato, os gerentes teriam dito aos trabalhadores que as exibições do Orgulho representavam um problema de segurança, citando incidentes recentes na Target em que alguns clientes irritados derrubaram mercadorias e confrontaram os funcionários.

A empresa afirmou que campanhas recentes nas redes sociais contra marcas como Disney, Target e Bud Light em algumas partes do país não mudaram sua posição.

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A Starbucks Brasil procurou o Estadão afirmando que tem “uma série de iniciativas em apoio à comunidade LGBTQIAPN+”, dentre elas o projeto “Eu Sou”, que oferece suporte financeiro, psicológico e jurídico gratuito para colaboradores trans e travestis que desejam alterar seus nomes e gêneros em suas certidões de nascimento. Segundo a empresa, o projeto já “transformou a vida de mais de 100 pessoas no Brasil”.

A companhia destaca que ainda tem ações com foco em empregabilidade para este público com a ação “I Am Working”, que inclui entrevistas de emprego e um programa de capacitação desenvolvido exclusivamente para membros da comunidade trans e travesti interessados em vagas disponíveis na empresa.

A Starbucks Brasil ainda afirma que cerca de 35% dos funcionários da empresa se declaram LGBTQIAPN+, segundo um censo interno realizado pela empresa em 2022./AP

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