O conselho deliberativo da Fundação Ruben Berta, a quem cabe aprovar ou rejeitar a fusão com a TAM, decidiu acompanhar de perto a situação da empresa, em meio às crises internas do Grupo Varig e às divergências dos últimos dias com o governo. Segundo uma fonte da companhia área, boa parte dos conselheiros está sem informação sobre a proposta apresentada pelo banco Fator e descontente com as divergências internas do conselho de curadores, um grupo de sete pessoas eleitas para administrar a FRB, mas que vem se desentendendo. No próximo dia 24, um grupo de colegiados se reunirá no Rio para discutir a situação do grupo e montar estratégia para a provação de um requerimento de assembléia extraordinária da FRB, com pedido de destituição e recomposição do conselho de curadores. Até hoje, o requerimento contava com cerca de 110 assinaturas do total de 220 colegiados, segundo um dos membros. Além disso, não se tem avaliação definitiva no colégio deliberativo sobre eventual fusão com a TAM por falta de informação. O mesmo colegiado informa que qualquer negócio significativo envolvendo o Grupo Varig tem de passar pelo colégio deliberante. ?Na prática as pessoas ainda não entenderam o plano e a dúvida está no ar?, argumenta a fonte. Além disso, colegiados se ressentem da falta de um Plano B, para o caso de o projeto de fusão com a TAM ser considerado inadequado ou simplesmente fracasse no meio do caminho. Outra desconfiança dentre membros do colégio diz respeito aos critérios adotados para a avaliação da situação financeira da TAM, rival da Varig.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.