Fundador do China Renaissance desaparece e ação do banco despenca em Hong Kong

Bao Fan é um dos banqueiros mais importantes da China

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Por Redação
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As ações do China Renaissance, um dos principais bancos de investimento da China, despencaram nesta sexta-feira, 17, depois de sua controladora informar que perdeu contato com seu fundador, Bao Fan, um dos banqueiros mais importantes do país e proeminente negociador do setor de tecnologia.

Em comunicado à Bolsa de Hong Kong, a China Renaissance Holdings disse que não consegue localizar Bao. Ele intermediou grandes transações, incluindo a oferta inicial pública de US$ 2 bilhões da empresa de comércio eletrônico JD.com e a listagem da plataforma de vídeos curtos Kuaishou, em Hong Kong.

Bao Fan, fundador do banco China Renaissance, está desaparecido  Foto: Mike Blake/Reuters

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A empresa disse desconhecer “qualquer informação que indique que a indisponibilidade de Bao” esteja relacionada aos negócios do grupo.

O desaparecimento de Bao ocorre após grandes empresas de tecnologia virarem alvo de investigações nos últimos dois anos, num processo que, segundo Pequim, já teria sido concluído.

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No pregão desta sexta-feira em Hong Kong, a ação do China Renaissance chegou a despencar até 50%, antes de fechar em queda de 28%.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin disse não estar a par da situação ao ser questionado a respeito, durante entrevista a veículos de imprensa.

“Eu gostaria de enfatizar que a China é um país sob o estado de direito, e o governo chinês protege os direitos e os interesses dos cidadãos chineses de acordo com a lei”, disse Wang.

Em setembro do ano passado, o ex-presidente do China Renaissance Cong Lin foi detido por autoridades, de acordo com a agência Caixin, a primeira a divulgar a notícia.

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Investigações anticorrupção com foco no setor financeiro chinês já enquadraram dezenas de funcionários e executivos financeiros de instituições como Everbright Securities, China Construction Bank e ICBC.

No passado, Bao trabalhou no Credit Suisse e no Morgan Stanley. Ele fundou o China Renaissance em 2005 e abriu seu capital em 2018, quando levantou US$ 346 milhões./Com informações de Associated Press.

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