Apesar das diferenças da Geração Z no Brasil e nos países ricos - principalmente no que se refere às questões financeiras -, há algumas características que são comuns a todos esses jovens nascidos entre 1997 e 2010. Eles são marcados pelo domínio das novas tecnologias. São chamados de nativos digitais: nunca viram um mundo sem computadores, tablets e celulares. Têm acesso a uma quantidade enorme de mídias e informações numa velocidade sem precedentes, o que ajudou a moldar o perfil marcado pela agilidade, curiosidade e polivalência.
Hoje, com idade entre 14 e 27 anos, muitos deles estão entrando no mercado de trabalho e precisam conviver com outras três gerações de características bem distintas. Geralmente inquietos e empoderados, eles buscam experiências nas relações pessoais e de trabalho, sem grande apego a compromissos. Também têm dificuldades com a interação presencial e são resistentes à escuta ativa.
Eles acreditam na ideia de experimentar várias profissões ao longo da vida. Buscam a realização pessoal rápida e querem ser mais ativos nas mudanças da sociedade. São conhecidos também pela importância dada ao propósito das coisas, seja de uma empresa, de um produto ou de uma marca. Por serem mais conscientes, procuram trabalhar em companhias que primam por ações sustentáveis e pela diversidade.
Para esses consumidores, não basta ter preço e produto bom. É preciso ter um propósito e uma história por trás daquilo que eles estão comprando. Em qualquer deslize do mercado corporativo, não pensam duas vezes para “cancelar” marcas e personalidades.
Esses jovens também são caracterizados pelo individualismo. Não gostam de serem definidos por classe, gênero ou idade. São tolerantes à diferença do outro e são agregadores. Usam as redes sociais, ambiente onde se sentem mais em casa, para conciliação e construção. Também gostam de autenticidade e transparência.
Principais características
- Nativos digitais
- Valorizam a inclusão e a igualdade
- Estão abertos a diferentes visões e estilos de vida
- São engajados em questões sociais e políticas
- São empreendedores e autodidatas
- São mais conscientes nas questões ambientais e sociais relacionadas ao consumo
Geração Y
Nascidos entre 1981 e 1996, os jovens da Geração Y ou millennials cresceram em meio à era da informação e avanços tecnológicos. Têm hábitos multitarefas (conseguem fazer várias atividades ao mesmo tempo), capacidade criativa e gosto por desafios. Precisam ser motivado e não hesitam em trocar de emprego para ter novas experiências. Eles não gostam muito de hierarquia rígida, são mais informais e têm dificuldade de receber ordens.
São questionadores e gostam de pensar fora da caixa. Além disso, sentem necessidade de receber feedback constantemente para terem mais segurança em suas ações. O retorno, positivo ou negativo, os ajudam a adquirir confiança.
Os millennials têm o rótulo de serem narcisistas e mimados. Em 2014, a revista Time classificou essa geração como a do “eu-eu-eu”.
Geração X
Compreende os nascidos entre 1965 e 1980, durante a Guerra Fria. Foram os primeiros a experimentar os computadores, a internet, o celular e o e-mail. Não ousa muito no trabalho e tem no aprendizado dos erros a forma de chegar ao sucesso. A vida deles não foi fácil, sobretudo pelas dificuldades para conseguir emprego num período tão turbulento.
As pessoas dessa geração cresceram influenciadas pelos programas de TV e por grandes transformações no ambiente familiar, como o avanço do número de mulheres entrando no mercado de trabalho. No Brasil, esse grupo nasceu em meio ao período do Golpe Militar e da censura.
Geração Baby Boomer
Nascidos entre 1945 e 1964, após a Segunda Guerra Mundial. Acompanhou a evolução da TV. Costumam ficar anos numa mesma empresa, seguindo um plano de carreira. Gostam de acumular patrimônio, como compra de carro e casas.
Essa geração tem como principais características a valorização da família, a busca pela paz, ter uma carreira e ganhar dinheiro. Também priorizam a segurança financeira e a aposentadoria.
Presenciaram transformações econômicas, políticas e culturais importantes, como o movimento hippie, protestos contra a Guerra do Vietnã, a segunda onda do feminismo e a luta pelos direitos civis.
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