Governador da Bahia estima ressarcimento à Ford por fábrica em Camaçari em R$ 100 milhões

Reversão de propriedade ao poder público abre as portas para a chinesa BYD levar adiante o plano de investir R$ 3 bilhões para produzir carros eletrificados no local

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Eduardo Laguna
Atualização:

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, disse nesta quinta-feira, 17, que o Estado trabalha com uma estimativa de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões no valor a ser pago para a Ford pela fábrica de Camaçari, onde a montadora americana encerrou a produção dois anos atrás.

A reversão de propriedade da fábrica de Camaçari ao poder público foi anunciada na última sexta-feira e abre as portas para a chinesa BYD levar adiante o plano de investir R$ 3 bilhões para produzir carros eletrificados no local. A expectativa é que as adaptações da unidade comecem em outubro, com início da produção em até 18 meses.

Antes de participar de um jantar com executivos da BYD em restaurante na capital paulista, Rodrigues disse que Ford e BYD vinham negociando a fábrica por mais de R$ 100 milhões. O valor tornou-se assim uma referência para a indenização que o governo baiano pagará à Ford pelos investimentos no local.

Terreno no polo industrial não entra nas negociações porque já pertencia ao Estado, sendo devolvido pela montadora por a concessão não cumprir mais a sua função econômica Foto: Paulo Whitaker/Reuters

PUBLICIDADE

“Se havia uma negociação, é um parâmetro nosso”, disse Rodrigues, acrescentando que o valor final será estabelecido após avaliações do patrimônio pela Caixa.

Segundo o governador petista, o terreno no polo industrial não entra na conta porque já pertencia ao Estado, sendo devolvido pela montadora por a concessão não cumprir mais a sua função econômica. “Como fizeram investimentos, vamos ressarcir os investimentos deles”, explicou o governador.

Os recursos do ressarcimento estão dentro do orçamento do Estado e a expectativa é que a avaliação do valor a ser negociado com a Ford saia nos próximos dias. “Não é uma avaliação demorada”, disse Rodrigues.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.