A fornecedora de energia elétrica para empresas Engie Brasil Energia está realizando a terceira edição do programa “Mulheres do Nosso Bairro”, que busca apoiar iniciativas de empreendedorismo lideradas por mulheres. No total, R$ 545 mil serão destinados a 35 projetos, divididos em três categorias: pequenos empreendimentos, cozinhas comunitárias e inovação social. As duas primeiras serão focadas em locais onde a Engie atua, e a terceira, em qualquer cidade brasileira.
A intenção do projeto é fortalecer a ação social da Engie, um dos pilares da estratégia ESG da empresa - a pauta ESG preconiza que as empresas devem levar em conta as questões ambientais, sociais e de governança. Assim, a empresa também fortalece as relações com as comunidades locais, próximas de suas operações, e melhora a avaliação no mercado.
Cada categoria terá uma quantidade exata de iniciativas a serem apoiadas: serão 27 pequenos empreendimentos, cada um dos quais receberá R$ 10 mil e consultoria do Instituto Consulado da Mulher, ação social da Consul, fabricante de eletrodomésticos que também apoia o projeto – assim como a Portonave, que opera o porto de Navegantes (SC). Para as Cozinhas Comunitárias, serão cinco selecionadas, que receberão R$ 25 mil, doações de eletrodomésticos da Cônsul e insumos alimentícios da rede de supermercados Fort Atacadista.
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Já a última categoria é voltada às iniciativas que pensem em soluções para o futuro, com fomento a três propostas. Cada uma receberá R$ 50 mil, além de incubação e mentoria do Social Good Brasil, organização da sociedade civil criada a partir de uma parceria com a Fundação das Nações Unidas.
Segundo a Engie, o foco do projeto é em mulheres devido ao entendimento de terem sido elas as mais afetadas pela crise econômica e social durante e após a pandemia de Covid-19, por causa da redução ou eliminação de suas rendas e pela escalada da violência doméstica. O “Mulheres do Nosso Bairro” surgiu em 2020 e, desde então investiu mais de R$ 1,2 milhão, com aporte direto a 60 pequenos empreendimentos, 3 multiplicadoras e 73 nanoempreendedoras, em mais de 100 municípios de 18 estados.
“O impacto desproporcional se deu ainda com a sobrecarga, ao precisarem dispensar cuidado extra às famílias, e o aumento da violência doméstica. Trabalhamos para desenhar um projeto que contemplasse temas fundamentais ao desenvolvimento feminino: geração de renda, aprendizado, saúde e combate à violência”, comenta Luciana Nabarrete, Diretora de Pessoas, Processos e Sustentabilidade da Engie.
Os critérios que orientam a seleção dos projetos são cinco: geração de renda; viabilidade econômica, ou seja, a continuidade do negócio após o aporte; o potencial de contribuição para melhoria das condições do meio ambiente e relação positiva com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU; possíveis impactos positivos para o desenvolvimento das comunidades; e todos os empreendimentos devem ser liderados por mulheres – cisgêneros ou transgêneros. Para a avaliação na categoria de inovação social, são consideradas a viabilidade técnica e econômica e o potencial de impacto.
“Nossos projetos de responsabilidade social são pensados para amplificarmos ao máximo os impactos gerados. A lógica para definir os aportes passa pela análise dos potenciais impactos, considerando ainda o que é necessário para alavancar cada tipo e porte de negócio”, explica Nabarrete.
A diretora conta que a Engie faz um acompanhamento após o recebimento dos aportes, com critérios objetivos e subjetivos - por exemplo, houve incremento de 196% no faturamento mensal dos negócios nas duas edições que já foram realizadas e o índice de felicidade das mulheres com seus empreendimentos alcançou 92%.
Nas próximas edições, a meta é incluir novos recortes, como racial, cultural e geográfico. Assim, haverá editais específicos com foco em mulheres negras e em mulheres do sertão. Ainda estão previstos esforços com a temática de combate aos problemas de saúde mental, agravados após a pandemia, e para a juventude.
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