BRASÍLIA - O governo decidiu incluir a análise sobre as obras para conclusão da usina de Angra 3, localizada no Rio de Janeiro, no pacote do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será lançado nesta sexta-feira, 11. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o portfólio do programa irá prever a realização de estudo de viabilidade técnico-socioeconômica das obras para finalizar o empreendimento.
A princípio, havia a possibilidade de o projeto ficar de fora da lista que será anunciada pelo governo. Contudo, conforme apurou a reportagem, a inclusão sobre a continuidade do projeto no Novo PAC foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a partir de demandas da bancada do Rio de Janeiro no Congresso.
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O projeto localizado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, é cotado para ser a terceira usina nuclear do País, com capacidade de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. O progresso físico global do empreendimento é de 65%. Mas as obras estão paradas desde 2015.
A lista de projetos inclusos no programa ainda está sendo fechada no Palácio do Planalto. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast mais cedo, as indefinições sobre o plano do governo a dois dias do anúncio causam angústia no mundo político.
Eletrobras
A Eletrobras trabalha com o cenário de execução e conclusão das obras da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, mesmo que o governo não inclua o empreendimento no novo PAC, disse o diretor-presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, durante teleconferência de resultados.
“Por fazer parte do processo de capitalização, esperamos que seja continuado e concluído. Houve especulação e ela é sempre ruim”, comentou o executivo.
Já o vice-presidente executivo de Regulação e Relações Institucionais da Eletrobras, Rodrigo Limp, disse que a empresa tem responsabilidade sobre as dívidas da Eletronuclear, uma vez que é garantidora, mas que mesmo num cenário de que as obras deixem de ser executadas, a empresa ainda avaliaria os impactos que sofreria. / Colaboraram Wilian Miron, Luciana Collet e Denise Luna
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