Governo deve enviar ao STF proposta de acordo sobre voto da União na Eletrobras até quinta

Negociação está avançada para aumentar número de cadeiras no conselho da empresa de nove para dez, e entregar três delas à União; governo cobra poder de voto proporcional à participação acionária

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BRASÍLIA - A Advocacia-Geral da União (AGU) deve enviar uma proposta de acordo sobre o poder de voto da União na Eletrobras ao Supremo Tribunal Federal (STF) até esta quinta-feira, 1º, quando a Corte retoma as atividades após o recesso judiciário. De acordo com pessoas a par das negociações, também há a possibilidade de um novo pedido de prorrogação do prazo para os ajustes finais no acordo.

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A negociação está avançada para aumentar o número de cadeiras no conselho da Eletrobras de nove para dez, e entregar três delas à União. A solução é um caminho do meio entre a situação atual da União, que ocupa apenas uma cadeira, e o pleito inicial do governo, que era ampliar a participação para quatro assentos.

Nesta quinta, vence o prazo concedido pelo ministro Kássio Nunes Marques para conciliação entre as partes. Ele é relator de ação protocolada pela AGU contra a regra que limita o poder de voto dos acionistas a 10%. Na ação, o governo argumenta que o poder de voto da União deve ser proporcional à sua participação acionária, de 43%. Em dezembro do ano passado, Nunes Marques enviou o caso para conciliação.

Na semana passada, o ministro Alexandre Silveira reconheceu que, na avaliação do governo federal, o número de quatro nomes no conselho administrativo da Eletrobras seria um cenário considerado ideal para o governo.

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Eletrobras foi privatizada durante o governo Bolsonaro Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Na prática, seria uma equiparação relativa às ações ordinárias que a União detém. Após o processo de desestatização da Eletrobras e a alteração do estatuto social, foi vedado que qualquer acionista ou grupo de acionistas exerça votos em número superior a 10% da quantidade de ações.

Um esforço para “reestatização” da Eletrobras não está no radar do MME. O argumento da pasta é “garantir” a possibilidade de a União exercer plenamente “seus direitos” na empresa proporcionalmente ao capital público investido.

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