Um ecossistema formado por diversas iniciativas para promover a sustentabilidade e criar novos negócios: esta é a essência de Heineken Spin, formado por iniciativas em quatro pilares – circularidade de vidro, agricultura regenerativa, transição energética e marcas de impacto. Cada pilar está diretamente relacionado a vetores de impacto na cadeia produtiva da fabricante de cervejas, refrigerantes, energéticos e água mineral.
“A Heineken entendeu que deveria ir além da produção tradicional de bebidas, preocupando-se não apenas com o crescimento e o futuro da empresa, mas também em gerar impacto ambiental e social relevantes”, diz Mauro Homem, vice-presidente de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos.
A essência de Heineken Spin é a formação de parcerias com empresas que já trabalham nos pilares abordados. No caso da circularidade de materiais, por exemplo, o projeto envolve a Ambipar, líder de reciclagem do País, com o objetivo de impulsionar o reaproveitamento de embalagens de vidro.
O índice de reciclagem de vidro no Brasil é de aproximadamente 30%, enquanto a reciclagem das latas de alumínio – mais fáceis de transportar – chega a quase 100%. Isso acontece, principalmente, pela falta de atrativo para que os catadores recolham as embalagens de vidro. O pilar de circularidade de Heineken Spin envolve a criação de nove centros de triagem espalhados pelo Brasil para a captura do material e para fomentar iniciativas que possam agregar valor ao vidro – e, com isso, aumentar a receita dos catadores.
Construção do futuro
Outro pilar de Heineken Spin é a agricultura regenerativa. A empresa formou parceria com a Rizoma Agro, que desenvolve projetos que combinam produção orgânica e conservação de florestas, para desenvolver a maior plantação de limão orgânico do Brasil, numa área de 800 hectares em Itu (SP). “Um benefício adicional muito importante desse projeto é a proteção do aquífero, insumo fundamental para a produção da Heineken”, observa Homem.
Em termos de transição energética, há o programa Energia Verde, resultado da parceria com as distribuidoras Raízen e Ultragaz, iniciado há um ano e meio, em que a Heineken atua como intermediária para propor a revendedores parceiros de todo o País a adoção de fontes renováveis de energia. “Este já é o maior programa de energia do Brasil nesse modelo, com mais de 40 mil contratos vigentes, e certamente ainda tem muito para crescer”, comenta o executivo do Grupo Heineken.
O quarto pilar de Heineken Spin é “marcas de impacto”, que pretende contemplar as expectativas do público que busca mais propósito em suas escolhas de consumo. Nesse pilar, há duas parcerias: com a Better Drinks, que desenvolve um portfólio de bebidas que priorizam a inovação e a saúde, e com a Central Única das Favelas (CUFA), para apoiar pequenos empreendedores que estão nas comunidades.
Os investimentos iniciais anunciados para Heineken Spin são de R$ 150 milhões, sem contar os aportes dos parceiros. A projeção é de que o conjunto dos investimentos seja recuperado em menos de um ano, com geração de lucro a partir daí. “A gente quer construir o futuro do Grupo Heineken, criar alternativas de geração de renda para a empresa, mas sem ser naquele modelo tradicional do capitalismo, e sim na base da união de forças”, finalizou Mauro Homem.
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