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Guedes ouve sugestões de empresários sobre as reformas tributária e administrativa

Durante encontro, ministro disse que está aberto a mudanças e confiante com o apoio de Arthur Lira para o andamento das pautas, mas aponta que Rodrigo Pacheco ainda está 'relutante'

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com empresários na sexta-feira, 16, para ouvir sugestões e reclamações do texto da reforma tributária e afirmou que está aberto a mudanças, além de se mostrar confiante de que a reforma administrativa caminhará em velocidade similar no Congresso Nacional.

“Ele disse que a reforma administrativa e a tributária devem passar simultaneamente e neste ano”, afirma Marun Cury, diretor da Associação Paulista de Medicina.

Paulo Guedes, ministro da Economia de Jair Bolsonaro Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia

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Um empresário que esteve no encontro confirmou que Guedes está confiante com a colaboração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o andamento das pautas. Ao mesmo tempo, ele acenou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estaria mais “relutante”.

O ministro admitiu que o primeiro texto não era positivo para a iniciativa privada e se comprometeu a não aumentar a carga tributária das empresas e a compensar o aumento do imposto sobre os dividendos com a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

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Esse último, inclusive, é algo de que o ministro não vai abrir mão, segundo Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200. De acordo com o representante dos empresários, o ministro afirmou que é necessário taxar os dividendos, mas que, como haverá uma “redução agressiva” do IRPJ, o governo vai deixar de arrecadar R$ 50 bilhões. 

Mas a conta vai fechar, ainda mais com o governo estando em uma situação fiscal pouco favorável? “Ele pontuou que há um aumento da arrecadação com a recuperação econômica e que haverá espaço para essa redução”, diz Kanner.

O ministro ainda ouviu dos empresários que o texto não resolve o principal problema: a complexidade de pagar impostos. Houve questionamentos a respeito da não inclusão dos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, de competência estadual, e do Imposto sobre Serviços, de competência municipal, na simplificação. 

“Ele disse que todo pedido que tem fundamentação será analisado”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping.

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