BRASÍLIA – O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira, 22, a equipe de secretários que vai compor o seu gabinete. O economista Rogério Ceron, será o secretário do Tesouro Nacional. Auditor fiscal de carreira, ele foi secretário de finanças da Prefeitura de São Paulo,
Para a Receita Federal, o escolhido foi Robinson Barreirinha, ex-procurador-chefe da Fazenda da capital paulista. O economista Guilherme Mello, que integrou o grupo de Economia da transição e foi responsável pelo programa econômico da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, será o secretário de Política Econômica da pasta.
O economista Marcos Barbosa Pinto será o secretário de Reformas Econômicas. Ele foi sócio da Gávea Investimentos e trabalhou com Haddad no Ministério do Planejamento no primeiro mandato de Lula.
“São pessoas que, apesar da Juventude, têm grande experiência no serviço público, pessoas altamente capacidades, inteligentes e criativas. Esse quarteto que eu apresento hoje é o que precisamos para ter um Ministério da Fazenda cada vez mais eficiente, que busque soluções para os problemas que o País está vivendo; pessoas testadas, aprovadas, pessoas respeitáveis como servidores públicos, que têm uma passagem pelo setor público de muita dignidade, de resultados muito palpáveis”, disse Haddad. “É uma equipe que já passou por testes de estresse significativos e vou poder dar uma grande colaboração.”
Haddad responsabilizou a equipe pela aprovação, no Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, nesta quarta-feira, 21. “Nós tivemos êxito da negociação, porque os nossos argumentos eram bons. Se não tivéssemos sentados à mesa para compor com a situação, com bons argumentos, não teremos procedido ao êxito da negociação.
O ministro mandou ainda um recado para os auditores da Receita Federal, sobre a nova chefia. “Eu quero fazer uma integração com os procuradores auditores. Nós temos que somar forças para tirar o País dessa situação fiscal que se encontra, para abrir espaço para investimento, para garantir um horizonte de sustentabilidade financeira. Eu tenho certeza de que a contribuição vai ser inestimável.”
O futuro ministro da Fazenda disse que a prioridade será integrar o ministério a partir de dia 2 de janeiro. “Seremos uma equipe só, não tem compartimentos, nós estamos no mesmo time, vamos trabalhar juntos, criar sinergia entre as carreiras, entre as equipes, as pessoas vão melhorar de vida, inclusive, dentro do ministério, para trabalhar com mais prazer, com mais entusiasmo, vão ser valorizadas. Serão cobradas por resultados e nós precisamos de resultados de curto prazo”, comentou Haddad. “O Estado brasileiro está muito desorganizado e essas pessoas são as pessoas mais qualificadas para reorganizar o Estado.”
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