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‘Haddad é bastião da credibilidade do governo’, diz presidente do BTG

Roberto Sallouti afirmou que condução responsável na Fazenda pode levar ministro a ‘voos mais altos’

Atualização:

RIO - O presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti, definiu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como o “bastião da credibilidade” do governo federal atualmente e disse que uma condução responsável na pasta pode levá-lo a “voos mais altos”.

“Acho que ele (Haddad) está surpreendendo os agentes econômicos positivamente. O ministro Haddad virou um bastião de credibilidade deste governo. Acho que ele vai muito bem”, disse Sallouti ao Estadão/Broadcast.

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Antes, para uma plateia formada por políticos de oposição e empresários em evento organizado no Rio de Janeiro pelo grupo empresarial Lide, do ex-governador de São Paulo João Doria, Sallouti já tinha destacado a “relevância e respeito” que Haddad acumulou nos últimos seis meses.

Na prática, ele vocalizou as impressões de parte do mercado financeiro, de que Haddad é um interlocutor confiável no governo.

Roberto Sallouti, presidente do banco BTG Pactual Foto: Tiago Queiroz / Estadão

“Quando você senta na cadeira e tem responsabilidade, você vê o que tem de boas práticas e tem menos ideias. Ele (Haddad) está fazendo um bom trabalho, montou uma equipe muito boa, e percebeu a importância que tem para o governo Lula e para, eventualmente, se credenciar a voos maiores se seguir essa agenda (responsabilidade fiscal e aumento da produtividade da economia). Se essa agenda não acontecer, acho que o futuro político dele fica bem comprometido”, disse Sallouti.

Depois, questionado sobre quais seriam esses “voos”, o executivo preferiu não entrar em detalhes.

Sallouti também disse ao Estadão/Broadcast que, ante a aprovação e respeito ao novo arcabouço fiscal, além da manutenção da meta de inflação, o Banco Central tem tudo para iniciar um ciclo de queda de juros em agosto. Segundo o executivo, nesse contexto, haveria espaço para que a Selic, hoje em 13,75% ao ano, descer até 9% dentro de seis a nove meses.

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“O que vai ser chave para as expectativas é o cumprimento das metas fiscais estabelecidas. Aprovou o arcabouço, agora tem que entregar. Está todo mundo crendo que (a parte fiscal) vai ficar na banda estabelecida”, resumiu ele, na saída do evento.

Apesar de manter a taxa em nível elevado, o BC sinalizou, em ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a possibilidade de corte na taxa caso a inflação siga em queda. Em linha, o executivo do BTG defendeu a autonomia do órgão e sua condução, ao dizer que não haveria espaço para cortar juros nos últimos meses, cenário que muda, agora, com a melhora das expectativas.

Sallouti criticou os “ruídos” criados por agentes políticos a respeito da política monetária e defendeu a manutenção da meta de inflação em 3%.

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