Haddad: Brasil tem obrigação de perseguir crescimento acima da média mundial

Durante evento do BC, ministro disse que a relação entre governo e autoridade monetária ainda está sendo construída, já que é a primeira vez que um presidente inicia o mandato com o banco independente

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Foto do author Thaís Barcellos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 19, que o Brasil reúne as condições necessárias para liderar o próximo ciclo de expansão da economia global.

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Na abertura do evento “High-level seminar on central banking: past and present challenges”, promovido pelo Banco Central, em São Paulo, ele ressaltou que o País tem a “obrigação” de perseguir um crescimento econômico mais forte que a média mundial para garantir os compromissos fiscais e sociais do governo.

O ministro comparou a situação brasileira com a conjuntura atual das economias de países desenvolvidas, que enfrentam um quadro de inflação elevada. “O Brasil vem experimentando condição em que as taxas de inflação se reduzem, as projeções de crescimento são revistas para cima”, disse.

Durante evento do BC, ministro disse que a relação entre governo e autoridade monetária ainda está sendo construída, já que é a primeira vez que um presidente inicia o mandato com o banco independente  Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Haddad também comentou a recente visita da delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI), que melhorou as previsões para o desempenho da atividade econômica este ano. Segundo ele, o relatório do fundo apontou “avanços” para o reequilíbrio das contas públicas nos últimos meses.

Relação com o BC

Durante o evento, Haddad disse ainda que a relação entre o governo e o BC está sendo construída, já que é a primeira vez que um presidente inicia o mandato com o BC independente.

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“Penso que estamos fazendo gestos importantes para criar uma nova institucionalidade no Brasil”, disse. Ele defendeu a “harmonização” das políticas fiscal e monetária para chegar a um crescimento robusto no País.

O ministro destacou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem mandato fixo de quatro anos até o fim de 2024. Ele também destacou a presença, no encontro, do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado para a diretoria de Política Monetária da autarquia. Segundo Haddad, o Senado em breve vai avaliar o nome de Galípolo em audiência.

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