BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu na manhã desta quinta-feira, 8, durante reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, a necessidade de reforço da estratégia da equipe econômica em relação à área fiscal.
De acordo pessoas a par do encontro, o titular da pasta enfatizou a necessidade de ampliação de receitas concomitantemente à realização de cortes de gastos. Ainda sobre a área fiscal, o ministro salientou que o desafio na área depende “em muito” dos demais Poderes.
Especificamente sobre Orçamento, Haddad ressaltou que o trabalho da equipe econômica, de recomposição da peça, permitiu viabilizar as entregas que os outros ministros fizeram neste um ano e meio do terceiro mandato de Lula.
Haddad participa da segunda reunião ministerial de 2024 no Palácio do Planalto. O encontro com os 39 ministros nesta quinta visa organizar a atuação de sua equipe nas eleições municipais e cobrar o andamento de projetos do governo.
Leia também
O comandante da Fazenda apresentou o cenário externo, que recentemente passou por um período de turbulência em função dos receios de que a economia norte-americana entrasse em recessão. Por fim, Haddad apontou os projetos de desenvolvimento do País que precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional.
De acordo com pessoas com conhecimento da reunião, ele voltou a pedir coesão na agenda de transformação ecológica, um dos legados que planeja deixar ao final do governo Lula. Haddad estava de férias, mas antecipou seu retorno para participar do encontro.
Mais cedo, ao abrir o encontro, Lula afirmou que o governo tem se mantido em uma situação boa e que a inflação no País está “equilibrada”. “O emprego está crescendo, o salário está crescendo, a massa salarial está crescendo, o desemprego está caindo, e a inflação está totalmente equilibrada. Esse é um dado muito importante”, declarou.
O presidente disse saber que “quanto mais baixa (a inflação), melhor”. “O que interessa é inflação baixa, a economia crescendo, o salário crescendo, e a educação melhorando”, afirmou.
Lula afirmou ainda que os números da economia brasileira estão “positivos” e que, em outros governos, não havia tanta “razão” para otimismo como agora. Ele citou conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Eu tenho conversado com o companheiro Haddad, tenho conversado com outros companheiros, e tenho dito que eu não acredito que, em algum momento, na história do País, a gente tivesse razão de estar tão otimista como a gente está agora”, declarou.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.