Além de ter transmitido uma mensagem de otimismo em relação às contas públicas para este ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse durante evento do jornal Valor Econômico na manhã desta segunda-feira, 24, em São Paulo, acreditar que o País poderá se surpreender positivamente com a inflação este ano.
Para ele, há espaço para surpresas positivas porque, na visão dele, a taxa de câmbio, a taxa de juro e a geopolítica poderão se comportar de forma a reduzir os impulsos inflacionários.
No ano passado, além dos impactos decorrentes do clima sobre as safras agrícolas no Brasil e no mundo, houve também a comunicação errática do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que acabou contribuindo para a desorganização das economias pelo mundo e, também, do Brasil.

O Fed, de acordo com Haddad, fez algumas comunicações indicando passos que tomaria e que depois não foram feitos. Para esse ano, segundo espera o ministro, estas mesmas coisas não deverão se repetir. A safra agrícola promete ser mais uma vez recorde, o desenho que está sendo delineado na geopolítica, de acordo com ele, pode abrir novas janelas de oportunidades para as exportações brasileiras com consequências para a valorização do real frente ao dólar, reduzindo assim os impulsos inflacionários.
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Questionado sobre o que espera em relação à condução da política monetária daqui para frente — o Banco Central aumentou em 3 pontos a taxa de juros desde dezembro, em alta encomendada na gestão de Roberto Campos Neto —, o ministro evitou a fazer um comentário direto sobre o tema, mas reiterou que este ano haverá margem de manobra maior que em 2024.