BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta segunda-feira, 15, que o governo definiu a meta fiscal do próximo ano como déficit primário zero, mesmo objetivo perseguido para este ano, conforme mostrou mais cedo o Estadão/Broadcast. Há um ano, a equipe econômica havia estabelecido que buscaria fazer um superávit de 0,5% do PIB em 2025.
A confirmação foi dada em entrevista à GloboNews. Haddad pediu desculpas por antecipar os números antes da divulgação pelo Ministério do Planejamento, que irá divulgar o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) às 16h30, mas argumentou que os números já haviam sido “vazados” à imprensa. Haddad confirmou também que a projeção para o salário mínimo no próximo ano é de R$ 1.502.
Haddad foi questionado se, com a decisão de revisar a meta de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria desistido de fazer superávits neste mandato. O ministro disse contudo, que ainda haverá 2026 para buscar esse alvo.
O ministro disse também que a equipe econômica tem trabalhado para retomar o patamar de 18,5% de arrecadação em relação ao PIB. E afirmou que continuarão sendo revistos os gastos tributários para equalizar as contas públicas, de uma forma que a despesa caia menos que 19% e ainda assim seja possível cumprir as regras fiscais.
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Às vésperas da divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, Haddad reforçou que o quadro de déficit não é novidade no País e que desde 2015 o Brasil enfrenta este cenário estrutural nas contas públicas.
O ministro repetiu que o esforço é para colocar ordem no quadro fiscal. Haddad citou ainda que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a revisão da vida toda permitiu manter a meta primária de déficit zero em 2025, que será divulgada às 16h30 no PLDO. Ele afirmou que, sem essa medida, haveria déficit nas contas no ano que vem.