Mudança na meta de inflação vem ‘ganhando simpatia’, diz Haddad

Ministro defende que meta se baseie no acumulado em 12 meses e não seja fixada para cada ano-calendário, de janeiro a dezembro

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Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast) e Fernanda Trisotto

SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 26, que nota maior “simpatia” na sociedade a mudanças no regime de metas de inflação, que, lembrou, estará na pauta da reunião do mês que vem do Conselho Monetário Nacional (CMN).

“A mudança de meta de inflação vem angariando simpatia”, declarou em entrevista à GloboNews. Ele evitou responder qual será a sua posição no encontro do CMN em junho, uma vez que ainda não discutiu o tema com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ambos formam com Haddad o trio de autoridades com direito a voto no CMN.

Haddad voltou a manifestar, contudo, preferência por uma meta contínua (do acumulado em 12 meses), em vez do modelo atual no qual as metas são fixadas para cada ano-calendário (de janeiro a dezembro).

Haddad defende uma meta contínua, do acumulado em 12 meses, em vez do modelo atual, no qual as metas são fixadas para cada ano-calendário Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

“Definir uma meta contínua para o BC perseguir é melhor e, quando estabelecida, raramente é mudada”, defendeu. “Vejo meta contínua com bons olhos”, acrescentou.

O ministro pontuou que os Estados Unidos discutem mudança de meta contínua em meio à quebra de bancos. Ele também voltou a pedir um debate técnico sobre o assunto.

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