Haddad diz que preço das passagens aéreas preocupa o governo: ‘Já estavam caras e subiram 65%’

Segundo ministro, serviço não é inflação que afeta de maneira uniforme toda a sociedade, mas citou que pode ter impacto para as pessoas que viajam a trabalho

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Redação
Por Redação

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 28, que apenas a questão do aumento dos preços das passagens aéreas é fonte de preocupação dentro do IPCA.

PUBLICIDADE

Mais cedo, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,40% em dezembro, após ter subido 0,33% em novembro. O resultado ficou acima de todas as estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que iam de 0,17% a 0,35%, com mediana positiva de 0,25%.

“Só um item, o de passagens aéreas, está nos preocupando no IPCA”, disse o ministro durante entrevista coletiva. De acordo com ele, os preços subiram 65% nos últimos quatro meses. “Já estavam caras e subiram 65%”, reforçou.

Haddad salientou que a alta desse serviço não é uma inflação que afeta de maneira uniforme toda a sociedade, mas citou que pode ter impacto para as pessoas que viajam a trabalho.

Para Haddad, aumento do preço das passagens aéreas é pesado e 'inspira muito cuidado' Foto: Felipe Rau/Estadão

“É um impacto muito forte no IPCA. Não sei quanto representa no IPCA, mas não é se desconsiderar, é pesado. Isso inspira muito cuidado”, afirmou.

Publicidade

O grupo Transportes passou de uma elevação 0,18% em novembro para um aumento de 0,77% em dezembro, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a inflação de 0,40% medida pelo IPCA-15 deste mês. A alta de 9,02% no preço das passagens aéreas deu a maior contribuição individual para o IPCA-15 do mês, 0,09 ponto porcentual.

Já os combustíveis recuaram 0,27% em dezembro. A gasolina ficou 0,24% mais barata. Houve quedas também no etanol (-0,35%) e no óleo diesel (-0,75%). O gás veicular subiu 0,08%.

O táxi teve alta de 0,83%, devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo a partir de 28 de outubro. O ônibus urbano aumentou 1,91%, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador a partir de 13 de novembro e pela recomposição de preços em São Paulo.

“Em São Paulo, destaca-se a alta de 6,67% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, que haviam recuado 6,25%, no mês anterior, em decorrência da gratuidade concedida nos transportes metropolitanos para toda a população nos dias de realização das provas do Enem”, explicou o IBGE./Amanda Pupo, Sheyla Santos, Célia Froufe e Daniela Amorim

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.