SÃO PAULO E BRASÍLIA – Evitando se posicionar sobre o assunto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 26, que os questionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à privatização da Eletrobras representam uma decisão do governo como um todo, não cabendo a ele criticar ou elogiar.
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Em entrevista à GloboNews, o ministro, porém, mais uma vez considerou que a privatização foi mal feita, porque “desarrumou um pouco as coisas” do marco regulatório do setor elétrico. “Acho que a privatização foi mal feita. Disse isso quando foi aprovada”, declarou Haddad. A Eletrobras, sustentou, tem peso no modelo energético brasileiro, inclusive no preço da tarifa, o que leva à reflexão sobre venda.
Questionado se ele, particularmente, apoia a tentativa de reverter a privatização da companhia elétrica, Haddad respondeu que, depois que decisões são tomadas, as opiniões pessoais não devem ser expostas.
O ministro pontuou, no entanto, que os questionamentos à privatização da Eletrobras resultam da insatisfação pelo que foi feito com o patrimônio público. “Defendemos a posição do governo no caso Eletrobras, mesmo sabendo que Congresso e Judiciário podem ter outras”, concluiu Haddad.
No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou por meio da Advocacia-Geral da União (AGU) com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a limitação de poder de voto de 10% na Eletrobras. A União detém 43% da empresa, privatizada em junho do ano passado pelo governo Bolsonaro.
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