Haddad: ‘Reforma tributária está madura e, se não for aprovada, será mais uma geração de discussões’

Ministro se diz otimista com votações em andamento no Congresso; ele afirmou que irá analisar pautas colocadas em relatório na próxima segunda-feira

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Por Daniela Fernandes

PARIS - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 22, que “não poderia estar mais otimista” com as votações em andamento no Congresso e que tem “muita convicção de que há uma maturidade muito grande” para aprovar a reforma tributária.

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Haddad destacou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que, na primeira semana de julho, serão votados o projeto de lei do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a reforma tributária e o texto final do arcabouço fiscal.

“Se você me perguntasse há seis meses se isso era possível, eu responderia que sim porque sou uma pessoa que acredita no País. Era muito difícil chegar seis meses depois com esse cenário”, afirmou em uma entrevista em Paris, realizada em um hotel onde está hospedada a delegação brasileira que participará nesta sexta-feira, 23, da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

Para Haddad, um cenário de desenvolvimento sustentável está sendo construído no Brasil em termos fiscais, social e ambiental. “O Congresso e o Supremo precisam ser celebrados porque estamos sintonizando os Poderes da República”, acrescentou o ministro.

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Haddad disse que o Brasil 'não tem chances sem a reforma tributária' Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ele disse esperar que na próxima semana “seja agregada a boa nova do Banco Central” e que atualmente é “o melhor momento” para aprovação das reformas, como a tributária.

“Muitos governadores disseram isso. É o melhor momento para aprovar e se não aprovar agora vai ser mais uma geração de discussões”, ressaltou Haddad, lembrando que o Congresso está há anos debatendo o tema.

Haddad também disse que o Brasil “não tem chances sem a reforma tributária”, acrescentando ser muito difícil os investidores colocarem mais dinheiro no Brasil “com essa insegurança jurídica” que também afeta as receitas federais e estaduais.

“Está todo mundo pisando em solo fofo. Ninguém tem segurança. Um Estado precisa de segurança, tanto para o contribuinte quanto para as receitas”.

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“Tenho uma convicção muito grande de que há uma maturidade. Vou sentar à mesa na segunda-feira para ver o que foi colocado como pauta em cima do relatório. Na questão do marco fiscal, estão sendo comparados os dois textos porque uma palavra pode mudar muita coisa”, ressaltou.

Logo que o texto voltar para a Câmara, segundo Haddad, a Casa terá o parecer do ministério sobre a conveniência ou não de mudar alguma coisa.

Nesta noite, Haddad participa de uma recepção no ministério das Relações Exteriores da França. Já o presidente Lula foi convidado para um jantar no palácio do Eliseu que reunirá os chefes de Estado e de governo que participam da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global.

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