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Haddad: vamos cortar gastos tributários no Brasil, que são favores do País para algumas empresas

Ministro da Fazenda afirmou ser viável a promessa da equipe econômica de zerar o déficit das contas primárias após a aprovação do arcabouço fiscal

SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 18, ser viável a promessa da equipe econômica de zerar o déficit das contas primárias após a aprovação do arcabouço fiscal.

Em entrevista ao empresário Abilio Diniz, na CNN Brasil, Haddad observou que a nova regra é favorável ao resultado primário por limitar o avanço das despesas entre 30% e 50% abaixo do crescimento das receitas do governo.

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Além disso, o ministro disse que o governo vai rever benefícios que perderam sentido para cortar um quarto dos gastos tributários estimados, na soma total, em 6% do Produto Interno Bruto (PIB). “São 6% de favores que o Estado faz a algumas empresas”, declarou Haddad, acrescentando que o objetivo é cortar 1,5% do PIB em gastos tributários.

“Mesmo crescendo um pouco a despesa para acomodar o salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda, vamos conseguir o resultado primário pretendido”, acrescentou Haddad, lembrando que, por prudência, a regra proposta prevê uma margem de tolerância para as metas de primário.

Haddad tenta resolver equação para encerrar o déficit primário Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Reforma tributária

Na entrevista, Haddad manifestou mais uma vez confiança na aprovação da reforma tributária, considerando que o debate sobre mudanças no modelo de recolhimento de tributos está maduro no Legislativo. “O Congresso está pronto para votar a reforma tributária”, disse.

Ele reiterou a promessa de neutralidade da reforma — ou seja, não haverá nem redução nem aumento da carga de impostos —, observando que o conceito de base ampla da proposta permite a manutenção das alíquotas.

“A reforma traz empresas para a base tributária sem aumentar alíquota”, disse Haddad, apontando exemplos de países que conseguiram reduzir alíquotas a partir da adoção do imposto único proposto pela reforma.

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“Estou muito otimista e tenho falado com os líderes”, disse, sobre a interlocução com a Câmara.

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