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Heron do Carmo prevê inflação de 2% neste mês em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Heron do Carmo, elevou a estimativa de inflação na cidade de São Paulo em janeiro de 1,5% para 2%, após verificar que o índice ficou em 1,79% na segunda quadrissemana do mês (período de 30 dias encerrado em 15 de janeiro de 2003). Ele manteve, no entanto, a estimativa de um IPC anual em 2003 em 7%. Caso a projeção seja confirmada, essa será a maior inflação em um mês de janeiro na cidade de São Paulo desde o lançamento do Plano Real, em 1994. "A alta de janeiro se justifica por conta da antecipação do reajuste dos transportes coletivos (ônibus, lotação, metrô, trem e integração) em janeiro, quando habitualmente esse aumento ocorre em junho", explicou. Como a elevação de janeiro decorre da antecipação dos reajustes de junho, Heron não mudou sua projeção do IPC anual. "Apenas os reajustes dos transportes coletivos, que é um ´efeito caneta´ dos governantes, contribui com 0,62 ponto porcentual para um IPC de 2%", justificou. Ele lembrou ainda que se considerar os efeitos de reajustes das mensalidades escolares (projeção de alta de 10%) e da gasolina (projeção de alta de 9%), além dos reajustes dos cartórios, o piso do IPC é de 1,30%. Para agravar a alta do índice, Heron informou que o grupo Alimentação, que na quadrissemana variou 2,65%, está recuando numa velocidade menor do que a prevista inicialmente pela Fipe. "Embora os preços de Alimentação, Despesas Pessoais (3,34% na segunda quadrissemana) e Saúde (1,39% na segunda quadrissemana) estejam com tendência de queda, ainda não é suficiente para compensar a trombada das tarifas administradas pelos governos municipal e estadual", explicou.

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