IBGE eleva estimativa de safra recorde com melhora em expectativas sobre milho, algodão e soja

Produção nacional de grãos está atualmente estimada em 308,9 milhões de toneladas, 17,4% maior que a de 2022

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RIO - O Brasil deve colher volumes recordes de soja, milho, trigo, sorgo e algodão em 2023. A cada mês, informações sobre as lavouras no campo levam a aumentos nas projeções. A produção nacional de grãos está atualmente estimada em 308,9 milhões de toneladas, 17,4% maior que a de 2022.

Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho, divulgados nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A estimativa é 0,5% superior ao previsto em junho, 1,6 milhão de toneladas a mais. Desta vez, a revisão foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra, algodão e soja.

A produção de soja deve somar 148,8 milhões de toneladas, uma elevação de 24,5% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 125,2 milhões de toneladas, com crescimento de 13,7% ante 2022: o milho 1ª safra deve somar 28,1 milhões de toneladas, aumento de 10,5%, e o milho 2ª safra, 97,1 milhões de toneladas, alta de 14,6%.

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Lavoura de algodão no municipio de Cristalina, em Goiás Foto: Wilton Junior / Estadão

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 7,4 milhões de toneladas, avanço de 10,2% ante 2022. A estimativa do trigo é de 10,8 milhões de toneladas, crescimento de 7,1%, e a de sorgo, 3,8 milhões de toneladas, alta de 34,4%.

Já o arroz deve totalizar 10,0 milhões de toneladas, queda de 5,8%, mas ainda o suficiente para atender o consumo doméstico.

Condições climáticas favoráveis no País ajudam a explicar a expectativa de safra recorde este ano, segundo Carlos Barradas, gerente da pesquisa do IBGE.

“À exceção do Rio Grande do Sul, que sofreu com mais um ano de forte estiagem, as lavouras nas demais Unidades da Federação apresentaram boas condições de produção”, explicou o pesquisador, em nota oficial, acrescentando que mesmo os problemas meteorológicos no Rio Grande do Sul não foram tão graves este ano quanto em 2022.

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