A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) em fevereiro foi de 0,53%, caindo em comparação com janeiro, quando ficou em 1,09%. O índice foi divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ficou dentro das expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estado, que esperavam entre 0,45% e 0,63%, e pouco acima da mediana das projeções (0,50%). O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de fevereiro foi de 21 de janeiro a 20 de fevereiro. A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de fevereiro. O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,64%, ante alta de 1,24% em janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,26% este mês, enquanto em janeiro ficou em 0,96%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve elevação de 0,43% em fevereiro, ante 0,41% em janeiro. Os preços dos produtos agrícolas no atacado, um dos itens do IPA, recuaram para 0,23% em fevereiro, em comparação com a alta de 2,31% em janeiro. Em dezembro, a alta dos agrícolas tinha sido de 5,95%. Segundo a FGV, ainda no atacado, os preços dos produtos industriais subiram 0,80%, pouco menos que em janeiro, quando a elevação foi de 0,82%. Seis dos sete grupos que compõem o IPC mostraram recuo no IGP-M de fevereiro, ante janeiro. As principais contribuições vieram dos grupos Alimentação (de 2,25% em janeiro para 0,21% em fevereiro); Educação, Leitura e Recreação, de 1,61% para 1,06%, e Transportes, de 0,56% para 0,17%. Também diminuíram os índices dos grupos Habitação (de 0,21% para 0,14%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,52% pra 0,39%) e Vestuário, que aprofundou a deflação, de -0,18% em janeiro, para -0,40% este mês. O único grupo que subiu foi Despesas Diversas, de 0,47% para 0,51%, com destaque para o item bebidas alcoólicas importadas, de -2,28% em janeiro para 1,27% em fevereiro. Entre os destaques de desaceleração estão o subgrupo frutas, que saiu de 6,69% em janeiro para -0,94% em fevereiro; os cursos formais (de 2,72% para 1,66%) e o álcool combustível (de 2,81% para -1,01%). Na lista das cinco maiores influências de alta no IPC, todos os itens mostram desaceleração em relação a janeiro: aluguel residencial (0,65% para 0,58%); óleo de soja (8,23% para 7,10%); cebola (16,79% para 13,78%); feijão carioquinha (de 30,38% para 5,62%) e curso superior (1,94% para 1,19%).
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