Inadimplência atinge 19,2% dos lares em São Paulo; nível é o menor em 3 anos, diz FecomercioSP

Em 12 meses, o volume de famílias com dívidas em atraso caiu 22%, o que representa 220 mil lares a menos; a imensa maioria dos endividados (87,3%) tem despesas com cartão de crédito

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Atualização:

A taxa de inadimplência na cidade de São Paulo chegou ao menor nível em três anos, aponta a FecomercioSP em levantamento cedido com exclusividade ao Estadão/Broadcast. De acordo com a federação, 19,2% dos lares paulistanos convivem hoje com alguma conta em atraso, nível mais baixo desde outubro de 2021.

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Nos últimos 12 meses, o volume de famílias inadimplentes caiu 22%, o que representa 220 mil lares a menos com dívidas em atraso, diz ainda a FecomercioSP.

Houve redução também no número de famílias sem condições de pagar as despesas: essa proporção era de 10,4% em agosto de 2023 e hoje é de 8%, menor nível desde janeiro de 2022, segundo o levantamento da entidade.

Na avaliação da FecomercioSP, esses dados são uma boa notícia para a economia da cidade e do Brasil, e os recuos na inadimplência refletem uma conjuntura econômica positiva, na esteira de dados positivos do mercado de trabalho e dos ganhos de renda da população.

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Para a Fecomercio-SP, os recuos na inadimplência refletem dados positivos do mercado de trabalho e ganhos de renda da população Foto: Monica Zarattini/Estadão

“Por exemplo, no último ano, houve um incremento de aproximadamente 170 mil novos empregos formais em São Paulo, enquanto o custo de vida tem crescido em um ritmo mais moderado. Somados à recente diminuição das taxas de juros, que facilitam a renegociação e a gestão das dívidas, esses fatores conformam um contexto positivo para melhoria da situação dos orçamentos doméstico”, detalham.

Cartão de crédito

A imensa maioria dos endividados (87,3%) tem despesas com cartão de crédito, em linha com o que tem acontecido desde o período da pandemia, de acordo com a FecomercioSP. A novidade é que essa proporção tem crescido — em agosto do ano passado, a proporção de endividados com despesas no cartão de crédito era de 80,4%.

Modalidades com prazos mais curtos, como o crédito pessoal, também ganharam espaço, enquanto financiamentos de longo prazo e carnês caíram, informa ainda a entidade.

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