Antes de criar uma das maiores redes de ensino profissionalizante do País, o empresário paulista Rogério Gabriel quase quebrou. Até 2004, ele comandou uma rede de lojas de produtos de informática no interior de São Paulo. Quando o negócio estava prestes a afundar, percebeu que um serviço despretensioso, oferecido aos clientes corporativos, poderia ser sua chance de recomeçar. Os cursinhos de informática para capacitar os funcionários de seus clientes deram origem ao Grupo Prepara, rede de franquias que faturou R$ 290 milhões no ano passado, com 800 escolas espalhadas pelo País. Alguns de seus concorrentes, como a Microlins, foram vendidos para grandes grupos nos últimos anos. O sr. não pensa em vender o negócio? Não temos nada contra se associar a alguém. Já fomos sondados por parceiros estratégicos e fundos de investimento, mas, sinceramente, não sei como um investidor vai somar no nosso negócio. Já dividimos os custos da expansão com nossos franqueados e, na gestão, temos parceiros como a Fundação Dom Cabral, que nos presta consultoria, e a Endeavor (instituto que apoia empreendedores de alto impacto). Com as classes B e C enxugando gastos, quais são suas perspectivas para este ano? Apesar da conjuntura econômica mais desafiadora, estamos otimistas e pretendemos crescer 21% até o fim do ano. Essa expansão é resultado de um planejamento feito justamente para enfrentar o período de crise. Uma de nossas apostas é a rede Ensina Mais, de reforço escolar em Português, Matemática e Inglês. Criamos essa franquia há três anos e já contamos com 200 escolas. Agora, estamos oferecendo um modelo mais enxuto para os franqueados, em que o professor poderá até atender o aluno em casa.
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