SÃO PAULO E NOVA YORK - A inflação dos Estados Unidos ficou estável em julho ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 10, pelo Departamento do Trabalho. O resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio abaixo da mediana de analistas consultados pelo Estadão/Broadcast, que apontava alta de 0,2% no mês passado.
Na comparação anual, a inflação dos EUA subiu 8,5% em julho, desacelerando em relação ao ganho de 9,1% de junho e vindo também abaixo das expectativas, de alta de 8,7%.
Já o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, teve alta anual de 5,9% em julho, repetindo a variação de junho e igualmente aquém da projeção de analistas, de aumento de 6,1%.
Para o canadense CIBC Economics, os novos dados chancelam uma alta de 50 pontos-base no encontro de setembro do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
O mercado também se inclinou nessa direção. Levantamento do CME Group indica que as chances de o Fed desacelerar o processo de aperto monetário nos EUA e elevar os juros a 50 pontos-base em setembro cresceram a 64,5% após o CPI de julho. Antes do indicador, a possibilidade era de 32,5%. Por sua vez, as chances de uma terceira elevação de 75 pontos-base foram a 35,5%, de 67,5% anteriormente.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.