A inflação da Zona do Euro, que abrange 19 países, atingiu um novo recorde anual: 8,9% em julho. O dado foi divulgado na quinta-feira, 18, pela Agência de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). É a taxa mais elevada desde que o euro foi criado, em 1999.
A Agência Europeia calcula que quase metade da inflação é causada pela energia mais cara, por causa de impactos da invasão russa na Ucrânia.
A Capital Economics avalia que a inflação na Zona do Euro deve permanecer elevada e com pressões inflacionárias amplamente disseminadas.
O salto recorde mantém a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) siga elevando seus juros básicos. Para a Oxford Economics, a alta deve ser de 50 pontos porcentuais em setembro, apesar da piora nas perspectivas de crescimento do bloco.
Apesar disso, as Bolsas da Europa fecharam o pregão em alta, com o apoio das petroleiras, com exceção de Madri, que apresentou leve recuo.
Para o analista-chefe para mercados na CMC Markets, Michael Hewson, a sessão se mostrou “desarticulada” para as praças europeias. “Vimos uma modesta alta em grande parte devido à recuperação dos mercados dos Estados Unidos de suas mínimas intraday de quarta, o que ajudou a adicionar algum suporte aos preços”, avalia.
Paralelamente, os ganhos do petróleo no mercado futuro deram apoio às petroleiras em Londres nesta sessão. A BP e Antofagasta lideraram o avanço do índice, com alta em torno de 2,5%. A Bolsa de Londres fechou com alta de 0,35%, acompanhada pela Bolsa de Paris, com avanço de 0,45%.
Em Milão, o índice principal subiu 1,0%, e nas praças ibéricas, o PSI 20 fechou próximo à estabilidade, com alta de 0,01%, a, enquanto o índice espanhol caiu 0,05%, a 8.434,80, na leitura preliminar. / AGÊNCIA BRASIL, BROADCAST